Capez isola prédio da Alesp e decreta ponto facultativo para servidores
Após a ocupação, nesta terça-feira (03) à tarde, do plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital paulista, o presidente da Alesp, deputado Fernando Capez, disse que optou por não usar a força policial para retirar os alunos do prédio e que já entrou com pedido de reintegração de posse que deve ser executado na tarde desta quarta (4).
Segundo Capez, o prédio foi isolado e foi dado ponto facultativo para os funcionários da Alesp.
Os estudantes mantêm a ocupação do plenário e exigem dos deputados a instauração de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a fraude na merenda escolar no estado. Os estudantes prometem permanecer no local até que a CPI seja instaurada.
“Vamos tomar providências para recuperar os espaços que são da população e onde devem se realizar as votações de projetos. Temos quatro projetos importantes na pauta deste semestre e eu já havia acertado o ritmo das votações, mas a invasão interrompeu isso”.
Com o isolamento do prédio, todos os estudantes que saírem não entrarão mais. A estratégia é chamada por Capez de saturação. Além disso, está proibida a entrada de comida no prédio. Os estudantes podem apenas beber água e usar os banheiros.
Um dos acusados de envolvimento na fraude, Capez informou que, em 27 de janeiro, solicitou ao Ministério Público as investigações sobre fraude da merenda. Em seguida, entregou seu sigilo bancário à Justiça e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.
“A investigação está andando lentamente. O interessado na investigação sou eu”.
O presidente da assembleia reafirmou que está conversando com os deputados sobre a CPI e estabelecendo estratégias para colher as assinaturas necessárias para instaurar a comissão.
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