Capitão da balsa Sewol é condenado à prisão perpétua por assassinato

  • Por Agencia EFE
  • 28/04/2015 01h34

Seul, 28 abr (EFE).- O capitão da balsa Sewol, cujo o naufrágio causou 304 mortes há um ano na Coreia do Sul, foi condenado nesta terça-feira à prisão perpétua em um tribunal de apelações do país, após a revisão de sua sentença anterior, estipulada em 36 anos de prisão.

Na decisão, o Alto Tribunal de Gwangju, no sudoeste da Coreia do Sul, declarou Lee Joon-seok culpado por assassinato por não cumprir deliberadamente com suas responsabilidades como capitão no acidente.

A sentença afirma que Lee foi passivo durante os momentos mais críticos, já que não deu a ordem de evacuação quando deveria.

Além disso, ele também não realizou esforços para resgatar os passageiros que estavam no Sewol, sendo um dos primeiros a serem retirados da embarcação, o que representa, na visão do juiz, uma clara omissão de seu dever em prestar socorro às vítimas.

A balsa Sewol naufragou no dia 16 de abril de 2014, deixando 304 mortos, a maioria estudantes de um instituto de bacharelado ao sul de Seul, na maior tragédia humana vivida pela Coreia do Sul nas últimas décadas.

Os promotores tinham pedido em seu recurso de apelação a pena de morte para o capitão, de 69 anos, algo negado pelo juiz.

Em novembro do ano passado, Lee tinha sido condenado pelo mesmo motivo no Tribunal do Distrito de Gwangju, mas foi considerado culpado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – contrariando o pedido da promotoria, que queria o homicídio doloso.

Na sessão de apelação foram avaliados os recursos apresentados tanto pelos condenados como pelos promotores. No caso de outros 14 tripulantes declarados culpados no julgamento anterior, o juiz decidiu reduzir as penas.

Eles tinham sido sentenciados a penas entre 5 a 30 anos de prisão, que hoje foram diminuídas o período de 18 meses, para dois funcionários temporários que prestavam serviço na balsa, até 12 anos, pena dada ao primeiro oficial do navio. EFE

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