Capriles acusa Maduro de “aumentar o conflito” com detenção de prefeito

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2014 01h24
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Caracas, 19 mar (EFE).- O líder oposicionista Henrique Capriles acusou nesta quarta-feira o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de “aumentar o conflito” no país com a “detenção fascista” do prefeito de San Cristóbal, município do estado de Táchira, Daniel Ceballos, por “rebelião civil” e “associação ilegal”.

“Com a detenção fascista do Prefeito de SC Daniel Ceballos, Nicolás tomou a decisão de aumentar o conflito em Táchira e na Venezuela”, escreveu Capriles no Twitter, onde também questionou se o governo quer “paz ou guerra?”.

Em outra mensagem, o governador do estado Miranda e ex-candidato presidencial disse diretamente ao chefe de Estado: “É claro, Nicolás, que você quer mais confronto e promover a violência em todo o país”.

O ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez, informou hoje sobre a detenção do opositor Ceballos, depois que um tribunal de Táchira ordenou sua prisão por “rebelião civil” e “associação ilegal”.

“O cidadão Daniel Ceballos já tem sua ordem de captura por rebelião civil e associação ilegal e foi praticada a captura pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin)”, disse Rodríguez ao canal estatal “VTV”.

O ministro opinou que “isso é um ato de justiça” e garantiu que o prefeito “não somente deixou de cumprir com as obrigações que lhe são impostas pela lei”, mas supostamente “facilitou, apoiou, toda a violência irracional criada na cidade de San Cristóbal”, capital de Táchira, estado que faz fronteira com a Colômbia.

Ceballos disse à Agência Efe na semana passada que os pedidos de diálogo do governo venezuelano para tentar por um fim aos protestos no país são uma “farsa” com a qual procura “melhorar sua imagem” com a opinião pública.

Afirmou então que durante os dias em que durou a mesa de paz estatal instalada na cidade, “não parou a repressão, não deixou de chover gás lacrimogêneo, não acabaram os feridos e os presos” e que os protestos não têm fim, porque o Executivo “não está fazendo uma abordagem sincera para a população”.

A Venezuela vive há mais de um mês uma onda de protestos contra o governo de Maduro que já deixaram 29 mortos, mais de 350 feridos e mais de mil de detidos. EFE

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