Captura de “El Chapo” Guzmán aconteceu sem um único tiro, dizem autoridades

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2014 20h02

Cidade do México, 22 fev (EFE).- A captura do chefão do tráfico do Cartel de Sinaloa, Joaquín “El Chapo” Guzmán, aconteceu neste sábado “sem um único tiro” em uma operação “impecavelmente realizada” pela Marinha em Mazatlán, detalhou neste sábado o procurador-geral do México, Jesús Murillo.

Em mensagem aos veículos de comunicação, Murillo indicou que o chefão “foi 100% identificado” e que em breve será transferido para uma penitenciária que não foi especificada.

Os jornalistas puderam ver Guzmán, de 56 anos, quando era levado por agentes da Marinha, algemado e com a cabeça baixa, para um helicóptero no hangar da corporação, no aeroporto internacional da Cidade do México.

“El Chapo”, o narcotraficante mais procurado do mundo há mais de uma década, foi detido por membros da Marinha às 06h40 locais (9h40 de Brasília) junto com um cúmplice após “uma operação em que trabalhamos durante vários meses”, afirmou o procurador.

As autoridades mexicanas contaram com a “plena colaboração das agências dos Estados Unidos”, apontou Murillo, quem detalhou que a operação teve momentos definitivos no último mês.

“Entre 13 e 17 de fevereiro foram localizados algumas casas onde ele acostumava estar” em Mazatlán, porto mexicano no Pacífico, mas a detenção se tornou complicada porque cada casa estava conectada com outras por meio de túneis e pelo sistema de drenagem.

Certa vez, as portas reforçadas de aço em uma das casas onde Guzmán tinha sido detectado fez com que as forças federais demorassem a abrí-la, o que permitiu que o criminoso fugisse.

Murillo contou que depois “houve vários momentos em que pôde ser detido”, mas “a prudência” os levou a evitar a detenção em “um lugar onde a cidadania pudesse ser afetada”.

O procurador-geral disse ainda que, na operação, esperaram o momento certo, que foi a manhã de hoje, quando os agentes da Marinha concretizaram a captura com “enorme eficiência”.

Murillo acrescentou que a operação levou, até agora, à detenção de 13 pessoas e à apreensão de 97 armas longas e 36 curtas, um lança-granadas, dois lança-foguetes, 16 casas e quatro ranchos, entre outros bens.

Com a detenção do chefão, o governo mexicano já deteve 75 dos 122 líderes criminosos considerados alvos prioritários desde que começou o governo de Enrique Peña Nieto, em dezembro de 2012. EFE

pmc/tr

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