Carlos Menem afirma à justiça argentina que seu filho foi vítima de atentado

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h23
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Buenos Aires, 23 set (EFE).- O ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999) sustentou nesta terça-feira perante a justiça que seu filho Carlos “Júnior”, morto em um acidente de helicóptero em 1995 em circunstâncias confusas, foi vítima de um atentado, segundo afirmou aos meios de comunicação sua ex-mulher Zulema Yoma.

Menem testemunhou de “forma presencial” perante o juiz Carlos Villafuerte Ruzo, encarregado da investigação, em seu escritório do Senado e ratificou a declaração que tinha prestado em 8 de julho mediante a apresentação de um documento escrito.

“Ele ratificou todos os pontos do documento que apresentou e agora vamos ver o que o Estado argentino vai fazer para investigar o que aconteceu. Estamos mais perto da verdade, se Deus quiser”, disse Yoma à imprensa.

Menem, de 84 anos, foi chamado para prestar depoimento pela primeira vez em julho, depois que sua ex-mulher e mãe de “Júnior” afirmou que o ex-presidente disse que a morte de Carlos tinha sido produto de um atentado.

Quando apresentou sua declaração por escrito, Menem disse estar convencido de que seu filho foi vítima de um atentado, apesar de até então ter sustentado que havia se tratado de um acidente, no qual também faleceu o automobilista Silvio Oltra.

“Depois de estudar os fatos e circunstâncias que rodeiam a causa -embora inicialmente não foi assim- cheguei à conclusão de que a queda do helicóptero e, a consequente morte do meu filho, foi resultado de um atentado”, afirmou Menem em seu escrito.

Segundo indicou hoje sua ex-mulher, a mudança de opinião do ex-mandatário “foi determinante”.

Carlos Facundo Menem, nascido em 1968, era o primogênito do ex-presidente.

O ex-chefe de Estado tem outros três filhos, Zulema María Eva (1970), Carlos Nair (1981) e Máximo (2003), este último nascido de seu casamento com a apresentadora de televisão chilena e antiga miss universo Cecilia Bolocco, com quem se casou em 2001 e de quem está separado.

A Justiça argentina condenou em 2013 Carlos Menem a sete anos de prisão por contrabando de armas à Croácia e Equador entre 1991 e 1995, embora por sua condição de senador não será preso. EFE

ajs/ff

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