Cartel no metrô de São Paulo continua a operar até hoje, indica promotor

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2014 15h32
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Fotos: repórter Thiago Uberreich Portal Jovem Pan Metrô Fradique Coutinho será inaugurado em novembro

A 6ª Vara da Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de R$600 milhões nas contas de sete empresas envolvidas no cartel dos trens.

O bloqueio já foi encaminhado ao Banco Central devido à denúncia contra governo do PSDB de fraude em licitações na CPTM. Executivos e ex-executivos das companhias respondem por corrupção passiva e ativa, cartel, crime licitatório, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Marcelo Milani, faz uma denúncia grave salientando que o esquema permanece em funcionamento até hoje.

“O indicativo é que o esquema continua a operar até hoje, ele não terminou”, disse Milani. “Continua havendo cartel dos contratos do Sistema Metroferroviário de São Paulo.”

O promotor também assinala que ainda há conchavos entre empresas denunciadas por cartel e enfatiza que o governo deveria agir com rigor. “O Governo do Estado pode declarar essas empresas inidôneas e até declarar a suspensão do contrato, tendo em vista a existência do cartel e do manifesto prejuízo ao Estado”, sugere.

Milani destaca que as provas são cabais e confessadas pelos funcionários das empresas. “O que houve é uma empresa, a Siemens, que, através de ex-diretores, confessou ter praticado cartel”, disse.

O bloqueio de R$600 milhões nas contas de sete empresas envolvidas no cartel dos trens foi encaminhado ao Banco Central no dia 05.

As empresas foram notificadas nesta sexta-feira.

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