Casa Branca acredita que há consenso nos EUA sobre reforma migratória

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2015 20h27

Washington, 22 jul (EFE).- A diretora de política nacional da Casa Branca, Cecilia Muñoz, afirmou nesta quarta-feira que há um “verdadeiro consenso” no país sobre a necessidade de uma reforma migratória e que esse apoio se manterá apesar do debate sobre imigração provocado pelo pré-candidato presidencial republicano, Donald Trump.

Em entrevista à Agência Efe, Muñoz negou que as polêmicas declarações de Trump sobre os imigrantes mexicanos possam piorar sua imagem no país ou prejudicar o avanço das políticas do presidente Barack Obama em matéria de imigração.

“Há um verdadeiro consenso em todo o país que nosso sistema de imigração está quebrado e temos que consertá-lo. E não podemos consertá-lo permanentemente a não ser que o Congresso faça seu trabalho”, opinou Muñoz.

“Portanto, em todo caso, se há um debate no país em matéria de imigração é simplesmente uma prova a mais que este é um problema com uma solução se o Congresso verdadeiramente der um passo adiante e fizer seu trabalho”, acrescentou a funcionária.

No último dia 16 de junho, quando anunciou sua intenção de ser o candidato presidencial republicano para o pleito de 2016, Trump se referiu aos imigrantes mexicanos como “estupradores”, “traficantes” e “criminosos”, e propôs erguer um “grande muro” entre os dois países.

Vários de seus oponentes na disputa pela candidatura republicana condenaram suas declarações, mas ao mesmo tempo Trump subiu nas enquetes sobre intenções de voto.

Muñoz também se referiu hoje às medidas anunciadas por Obama em novembro para evitar a deportação de 5 milhões de imigrantes ilegais, que estão temporariamente suspensas desde fevereiro, enquanto um tribunal de apelações decide sobre uma ação apresentada por 26 estados.

A funcionária opinou que é “cedo demais” para saber se a disputa nos tribunais será resolvida antes que Obama deixe o poder, em janeiro de 2017, ou se esse será um problema que herdará o próximo presidente dos Estados Unidos.

“O que sabemos é que fomos muito cuidadosos ao elaborar as ações executivas do presidente, portanto sabemos que estamos no lado correto da lei e sabemos que estamos no lado correto da história, e vamos continuar com esta luta nos tribunais”, garantiu Muñoz.

Se a corte do tribunal de apelações mantiver a suspensão das medidas, como preveem muitos analistas, o caso será levado ao Supremo Tribunal dos EUA, que não escutará argumentos até a próxima primavera americana e não decidirá até o verão, em plena campanha para as eleições presidenciais. EFE

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