Casa Branca diz estar “devastada” por aparente assassinato de Sotloff pelo EI
Washington, 2 set (EFE).- A Casa Branca declarou nesta terça-feira estar “devastada” pelo vídeo que mostra a suposta decapitação do jornalista americano Steven Sotloff pelo Estado Islâmico (EI), embora ainda não tenha sido comprovada a autenticidade.
“Vimos um vídeo que supostamente mostra o assassinato do cidadão americano Steven Sotloff pelo Estado Islâmico. A comunidade de inteligência está trabalhando o mais rápido possível para determinar sua autenticidade. Se for genuíno, estamos devastados pelo brutal assassinato de um jornalista americano inocente e expressamos nossas mais profundas condolências a sua família e amigos. Daremos mais informação assim que for possível”, disse à imprensa Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
O vídeo, intitulado “Segunda mensagem à América” e divulgado pelo grupo de inteligência “Site”, é muito parecido ao distribuído pelo EI no final de agosto com a decapitação do jornalista americano James Foley, em que a organização jihadista ameaçava matar Sotloff se o presidente americano, Barack Obama, continuasse com sua campanha de ataques seletivos no Iraque.
As imagens mostram Sotloff vestido com uma túnica laranja ajoelhado junto a um homem encapuzado que assegura ser o mesmo indivíduo que matou Foley. Antes de ser decapitado, Sotloff se dirige a Obama para dizer que está “pagando” com sua vida o preço de sua “interferência” no Iraque.
“Por acaso não sou um cidadão americano? Gastam bilhões de dólares dos impostos americanos e perdemos milhares de nossas tropas lutando contra o Estado Islâmico. Onde esta o interesse das pessoas quando voltamos a esta guerra?”, afirma.
Depois, o terrorista encapuzado se dirige a Obama e diz que “voltou” devido à “arrogante” política do governante americano contra o EI e seus ataques para defender Mossul no Iraque.
Acredita-se que Sotloff, de 31 anos e nascido em Miami, foi capturado em agosto de 2013 perto da fronteira entre a Síria e a Turquia. Ao longo de sua carreira, trabalhou como para veículos como “Time”, “World Affairs Journal” e “Christian Science Monitor” a partir da Líbia, Iêmen e Síria. EFE
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