Casa Branca mostra preocupação com violência contra dissidentes cubanos
Cidade do Panamá, 10 abr (EFE).- A Casa Branca expressou nesta sexta-feira sua preocupação com a “violência” contra dissidentes cubanos em incidentes ocorridos na quarta-feira no Panamá e sustentou que é “incompatível com o espírito de diálogo” da Cúpula das Américas que começa hoje.
O assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, ressaltou aos jornalistas que a sociedade civil tem “um papel fundamental” nesta Cúpula e que o presidente dos EUA, Barack Obama, falará a respeito hoje em um fórum no qual estarão opositores cubanos e venezuelanos, entre outros.
O Departamento de Estado já condenou ontem os “ataques” contra representantes da sociedade civil e manifestantes pacíficos que participam da VII Cúpula das Américas, e pediu que esse fórum seja um espaço de tolerância.
“Fomos muito claros quando dissemos que vamos seguir denunciando” as violações de direitos humanos e o uso da violência, tanto em Cuba como em todos os países onde isso ocorra, segundo argumentou Rhodes.
Em sua opinião, a “violência” e “intimidação” neste século “já são suficientes” para tentar reprimir a sociedade civil.
Obama participará nesta tarde no Panamá do Fórum da Sociedade Civil, que reúne dissidentes cubanos e opositores venezuelanos, entre outros, junto com os líderes do Uruguai, Tabaré Vázquez, e Costa Rica, Luis Guillermo Solís.
O presidente americano discursará nesse fórum e também prevê dialogar com vários líderes da sociedade civil, embora a Casa Branca não precisou com quem.
Ontem na Jamaica, durante um fórum com jovens aberto a perguntas, Obama insistiu em suas preocupações sobre a situação dos direitos humanos em Cuba, mas não fez referência especificamente aos incidentes ocorridos entre funcionários e grupos opositores cubanos nesta quarta-feira no Panamá, às vésperas da Cúpula.
A rejeição da delegação governista cubana à presença de dissidentes no Fórum da Sociedade Civil prévia à Cúpula das Américas gerou na quinta-feira novos problemas nesse evento, onde duas mesas de trabalho se dividiram em diferentes grupos para evitar problemas maiores. EFE
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