Casa Branca pede US$ 500 milhões ao Congresso para apoiar oposição síria
Washington, 26 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira US$ 500 milhões ao Congresso para treinar e equipar a oposição moderada na Síria e recursos adicionais para evitar a extensão da crise a países vizinhos.
Esse dinheiro faz parte de um fundo de US$ 5 bilhões para a luta contra o terrorismo através de iniciativas dos Departamentos de Defesa e de Estado.
A quantia está dentro do orçamento de contingências no exterior, para o qual a Casa Branca pede ao Congresso um total de US$ 65,8 bilhões, especialmente para a manutenção das tropas no Afeganistão e outras missões no Oriente Médio e norte da África.
A Casa Branca pediu US$ 1,5 bilhão para a estabilização dos países vizinhos à Síria, onde três anos de guerra civil contra o regime de Bashar al Assad ameaçam estender o conflito ao Iraque e já provocaram uma crise de refugiados nas fronteiras da Turquia, do Líbano e da Jordânia.
A maior parte do dinheiro, US$ 1 bilhão é destinada a programas do Departamento de Defesa e de Estado para consolidar as fronteiras regionais com a Síria e diminuir a pressão que o influxo dos refugiados representa.
Outros US$ 500 milhões estarão destinados a “treinar e equipar elementos identificados da oposição armada síria para ajudar a defender o povo sírio, estabilizar áreas sob controle da oposição” e consolidar posições que freiem as forças terroristas, como os membros do Estado Islâmico do Iraque e Levante e a Frente Al Nursa.
“Estes recursos que solicitamos apoiam os esforços a favor da oposição moderada síria, tanto armada como civil, e permitirão ao Departamento de Defesa aumentar seu apoio”, explicou a Casa Branca em comunicado.
O orçamento para contingências no exterior inclui outros US$ 500 milhões como uma “resposta à crise”, com operações antiterroristas de emergência.
Obama também pediu ao Congresso, que pode emendar esta verba orçamentária, US$ 1 bilhão para melhorar o efetivo da Otan na Europa Oriental, em movimentos motivado pela crise na Ucrânia e pelo intervencionismo da Rússia nos assuntos internos de lá.
Esses fundos serão destinados a “aumentar a presença militar na Europa, especialmente central e oriental”, aumentar os exercícios militares com aliados, melhorar infraestruturas, envios de material militar e aprofundamento das alianças.
Outros US$ 278 milhões serão destinados a missões de manutenção da paz, para garantir recursos para os capacetes azuis da ONU na República Centro-Africana. EFE
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