Casa Branca vê execução de Foley como ato terrorista e avalia resposta
Washington, 22 ago (EFE).- A Casa Branca considerou nesta sexta-feira que a “brutal” execução do jornalista americano James Foley por jihadistas do Estado Islâmico (EI) é um ataque aos Estados Unidos e, por isso, cogita distintas opções em resposta.
O conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, assegurou que os EUA serão “implacáveis” com o EI e farão “o que for necessário” para proteger seus cidadãos e para que se faça justiça pelo “brutal assassinato” de Foley, decapitado por membros dessa organização na Síria,
“Quando você vê alguém assassinado de uma maneira tão horrível, (…) isso representa um ataque terrorista contra nosso país e contra um cidadão americano”, ressaltou.
Perguntado em entrevista coletiva se os Estados Unidos poderiam lançar um ataque na Síria contra o Estado Islâmico em resposta a este crime, Rhodes destacou que estão “considerando ativamente o que vai ser necessário para fazer frente a essa ameaça, e fronteiras não nos limitarão”.
Rhodes salientou que ainda não foi considerada uma opção militar concreta, mas “demonstramos várias vezes que, se há uma ameaça terrorista, vamos tomar ação direta contra esta ameaça, se for necessário”, enfatizou.
O conselheiro reconheceu que o Estado Islâmico “ganhou capacidade” nos últimos meses e assinalou que o governo americano leva “muito a sério” a ameaça que este grupo pode representar para os Estados Unidos.
Segundo relatório recente do Soufan Group, uma organização que proporciona serviços de inteligência a governos e instituições, mais de 12 mil combatentes estrangeiros procedentes de 81 países entraram na Síria desde o início do conflito há três anos, e três mil deles procedem de países ocidentais.
O relatório, que cita dados oficiais proporcionados pelos governos, sustenta que entre os combatentes estrangeiros na Síria há mais de 70 americanos, mais de três mil tunisianos, 2.500 sauditas, 1.500 marroquinos, mais de 800 russos, mais de 700 franceses, cerca de 400 turcos, 400 britânicos e 51 espanhóis.
A idade média de um combatente estrangeiro é de entre 18 e 29 anos, e a maioria deles não têm formação militar nem conhecimento do islã, de acordo com o relatório. EFE
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