Casais esperam por bebês após escândalo de barriga de aluguel na Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2014 04h43

Bangcoc, 21 ago (EFE).- Oito casais australianos permanecem à espera da legalização da situação de seus filhos, gestados por barrigas de aluguel na Tailândia, após os recentes escândalos relacionados com a maternidade sub-rogada, publicou nesta quinta-feira o “Bangcoc Post”.

De acordo com o jornal, cinco dos casais já conseguiram a nacionalidade australiana dos bebês mediante a comprovação do parentesco através do DNA e esperam que a embaixada australiana em Bangcoc emita os passaportes para poderem voltar para casa.

Os outros três casais permanecem à espera de conseguir a nacionalidade para seus filhos.

A polêmica sobre o uso de barrigas de aluguel na Tailândia surgiu no início de agosto depois de a imprensa australiana publicar uma notícia sobre um casal que abandonou seu bebê com síndrome de down nascido de uma barriga de aluguel tailandesa, só levando a gêmea saudável dele.

Dias mais tarde se descobriu que um cidadão japonês tinha nove filhos de diferentes barrigas de aluguel e esperava o décimo, o que motivou o início de uma investigação da polícia tailandesa de tráfico de menores.

O japonês Mitsutoki Shigeta, que alega ter 15 filhos pelo método, disse ter a intenção de criar todos, mas fugiu para o Japão após o escândalo.

Após a controvérsia, a junta militar decidiu obrigar os casais a solicitarem permissão em um tribunal tailandês para poder levarem os bebês para fora do país.

Segundo o jornal australiano “Sydney Morning Herald”, uma dos casais espera para sair da Tailândia há semanas, e que o número de casais poderia passar de 20.

As estimativas das autoridades australianas estimam que 200 casais tenham um acordo com clínicas tailandesas para conseguir um bebê gerado em barriga de aluguel.

A minuta de uma lei sobre esta prática foi aprovada na semana passada pela junta militar diante da situação de ilegalidade vigente e deve ser ratificada nos próximos meses pela assembleia legislativa. EFE

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