Caso reeleito, Morales estaria disposto a retomar relações com os EUA

  • Por Agencia EFE
  • 12/10/2014 15h53
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La Paz, 12 out (EFE).- O governo da Bolívia estaria disposto a restabelecer suas relações com os Estados Unidos se o atual presidente, Evo Morales, vencer neste domingo as eleições presidenciais e se Washington se comprometer a “respeitar” a soberania da Bolívia, sem “se intrometer” em seus assuntos internos.

Essas foram as afirmações do vice-presidente do país sul-americano, Álvaro García Linera, em um encontro com jornalistas depois de votar no pleito ao qual concorre como companheiro de chapa de Morales para um terceiro mandato, até 2020.

Bolívia e Estados Unidos não têm relações diplomáticas em nível de embaixadores desde 2008, quando La Paz expulsou o embaixador americano, Philip Goldberg, por supostas interferências na política nacional.

O governo americano respondeu com a mesma moeda, expulsando o embaixador boliviano em Washington.

García Linera alegou neste domingo que a expulsão de Goldberg foi ocasionada porque o funcionário americano “se intrometeu na vida política” do país andino.

“Quando qualquer governo, não importa qual seja, se intromete em assuntos internos, interrompemos isso e tomamos as medidas correspondentes”, disse o vice-presidente boliviano.

“Quando tivermos a certeza que os Estados Unidos não se intrometerão em nossos assuntos internos, a mão estará estendida com respeito, com humildade, mas sempre com firmeza na defesa de nossa soberania”, acrescentou.

Também garantiu que desde que assumiu o governo ao lado de Evo Morales, ambos “tiveram e buscaram” boas relações com os Estados Unidos.

“Somos um país que tem muito respeito pelo governo americano. E mais, admiramos sua ciência, admiramos sua tecnologia, nos impressionam suas grandes conquistas tecnológicas, mas sempre pedimos que qualquer relação com os governos seja pautada no contexto do respeito e da soberania”, declarou o vice-presidente.

O governo de Evo Morales também expulsou a agência antidrogas americana (DEA, sigla em inglês), em 2008, e a Usaid – agência de cooperação internacional dos EUA – em maio do ano passado. EFE

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