Causas de acidente do avião da Air Algerie no Mali continuam desconhecidas

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h21
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Bamaco, 20 set (EFE).- As investigações sobre o acidente aéreo do avião da companhia argelina Air Algerie, que caiu no dia 24 de julho no Mali com 116 pessoas a bordo, continuam sem respostas, informou neste sábado em Bamaco, a capital malinesa, o órgão francês de investigação de acidentes (BEA, sigla em francês).

“Até agora, não há nenhuma hipótese principal”, declarou Bernard Budeil, um responsável do BEA durante uma entrevista coletiva na capital do Mali.

O avião da companhia espanhola Swiftair, fretado pela Air Algerie, fazia a rota entre Ouagadougou, em Burkina Faso, e Argel, a capital argelina, e caiu no norte do Mali 50 minutos depois da decolagem com 116 passageiros de 15 nacionalidades.

Segundo informações da Interpol, na aeronave estavam seis espanhóis (os seis integrantes da tripulação) e passageiros de França, Argélia, Bélgica, Burkina Faso, Camarões, Canadá, Egito, Alemanha, Líbano, Luxemburgo, Mali, Nigéria, Suíça e Ucrânia.

Segundo Budeil, “a caixa-preta que registra as conversas dos pilotos não estava funcionando normalmente, o que não permitiu compreender o que foi falado pela tripulação”.

Quanto à caixa-preta que registrava os dados do voo AH 5017, Budeil relatou que o equipamento sofreu “uma queda grande” após a desaceleração dos motores da aeronave, que se encontrava em voo de cruzeiro.

O avião decolou de Ouagadougou às 1h15 (horário local) e às 1h39, dois minutos depois de entrar em voo de cruzeiro, começou a diminuir sua velocidade e altitude de forma progressiva até perder o contato com os radares, às 1h47, quando voava a 740 km/h.

O especialista explicou que os sistemas de piloto automático do avião tinham sido “desligados”, mas acrescentou que não sabe se “isso foi consequência de um automatismo do avião ou de uma manobra voluntária ou involuntária da tripulação”.

O BEA, que foi encarregado pelas autoridades malinesas de realizar a investigação técnica, declarou no dia 7 de agosto que uma falha na caixa-preta que registra as conversas entre os pilotos tinha complicado as investigações sobre as causas do acidente.

Com isso, o BEA afirmou que não havia uma hipótese principal e que nada indicava que o avião tinha se desintegrado em pleno voo. No entanto, acreditava que o mesmo tinha se chocado contra o solo, o que explicaria o fato de os destroços estarem pulverizados e concentrados em uma área reduzida de aproximadamente nove hectares.

Três grupos de trabalho estão à frente das investigações: um encarregado de reproduzir o percurso, outro concentrado no desenvolvimento do voo, e um terceiro focado na coleta de informações de controle aéreo, dados meteorológicos e outros dados anteriores à decolagem. EFE

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