Cazaquistão pede na OSCE o fim das sanções à Rússia

  • Por Agencia EFE
  • 05/12/2014 16h10
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Basileia (Suíça), 5 dez (EFE).- O Cazaquistão defendeu na reunião ministerial da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) o fim das sanções ocidentais à Rússia devido a seu papel na crise da Ucrânia, e assegurou que o estabelecimento de medidas punitivas é uma prerrogativa exclusiva das Nações Unidas.

“Dado o impacto negativo das sanções em muitas economias da OSCE, incluindo o Cazaquistão, acreditamos que o passo seguinte deve ser o fim das sanções”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores cazaque, Alexei Volkov, na reunião ministerial realizada na cidade suíça de Basileia.

“A imposição de sanções é estritamente prerrogativa da ONU, e só deve ser utilizada em casos excepcionais”, acrescentou.

O Cazaquistão é, junto com Rússia e Belarus, integrante da União Econômica Euroasiática, que entrará em vigor em janeiro de 2015, e é considerado um aliado tradicional de Moscou.

A reunião ministerial da OSCE termina nesta sexta-feira e seus debates estiveram dominados pela situação da Ucrânia, com as delegações ocidentais apelando para que a Rússia assuma um papel construtivo e solicitando que detenha seu apoio aos separatistas pró-Rússia.

Volkov apoiou os esforços da OSCE para buscar uma solução ao conflito na Ucrânia e destacou que uma saída à situação só chegará por meio do “diálogo” e da capacidade para alcançar “compromissos e concessões mútuas”.

“Acreditamos que um cessar-fogo completo (no leste da Ucrânia), a definição de uma linha de demarcação e a desmilitarização da zona devem ser a prioridade, assim como fazer frente à catástrofe humanitária em geral no leste do país”, afirmou.

Volkov defendeu ainda a criação de um diálogo entre a União Europeia e a União Econômica Euroasiática como uma possível via para recuperar a confiança.

“O Cazaquistão deseja que a Europa e Ásia se unam como um só espaço e mercado, o que melhorará em grande medida o objetivo partilhado de construir uma comunidade comum de segurança euroatlântica e euroasiática”, comentou.

Por último, o representante cazaque mostrou especial preocupação com o avanço do terrorismo jihadista representado pelo grupo Estado Islâmico, e alertou sobre a situação instável no Afeganistão após a retirada das tropas internacionais. EFE

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