C.do Norte diz que canadense preso confessou “atividades subversivas”

  • Por Agencia EFE
  • 31/07/2015 01h56

Seul, 31 jul (EFE).- Segundo assegurou nesta sexta-feira a agência estatal de notícias norte-coreana, a “KCNA”, o missionário canadense Lim Hyeon-soo, detido na Coreia do Norte desde janeiro, confessou ter realizado “atividades subversivas” contra o regime dos Kim.

Lim, reverendo de 60 anos de nacionalidade canadense e origem coreana, reconheceu ter “prejudicado a dignidade da direção suprema e o sistema social da RPDC (Coreia do Norte)”, segundo sua confissão, divulgada pela “KCNA” em comunicado.

Durante seu depoimento, realizado em uma entrevista coletiva no Palácio Cultural do Povo de Pyongyang, o réu admitiu ter realizado “complôs subversivos com a intenção de construir um estado religioso na RPDC nos últimos 18 anos sob a desculpa de fornecer ajuda humanitária e doações gratuitas”, segundo a “KCNA”.

O reverendo reconheceu ter colaborado com as autoridades de Washington e Seul para “abduzir” cidadãos norte-coreanos para que escapassem do país comunista e se refugiassem na mais próspera Coreia do Sul.

“Ele se arrependeu profundamente de suas más ações, e acrescentou que cometeu os crimes contra a RPDC, incitado por sua compreensão equivocada do país”, concluiu o comunicado da “KCNA”.

Lim é uma das cinco pessoas que permanecem detidas na Coreia do Norte, junto a quatro cidadãos sul-coreanos acusados de espionagem e delitos similares.

Ainda não se sabe detalhes sobre a situação judicial deste missionário ou a pena que o espera.

No caso dos sul-coreanos, todos foram sentenciados nos últimos meses a penas de prisão perpétua ou trabalhos forçados.

O canadense, que lidera a Igreja Presbiteriana da Luz de Mississauga, nas proximidades de Toronto, viajou para a Coreia do Norte através da China no começo do ano, e em 31 de janeiro a comunicação com ele foi perdida.

A Igreja Presbiteriana da Luz realiza trabalhos humanitários na Coreia do Norte desde 1997.

A igreja garantiu que Lim tinha viajado “centenas” de vezes ao país comunista desde então, supostamente para realizar trabalhos de ajuda humanitária. EFE

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