CE propõe 500 milhões de euros em ajuda ao setor agroalimentício

Bruxelas, 7 set (EFE).- A Comissão Europeia (CE) propôs nesta segunda-feira ajudar com 500 milhões de euros o setor agroalimentício, que foi afetado pela crise, principalmente os criadores de gado, com um conjunto de medidas que podem começar ser aplicadas “em caráter imediato”.

“Esta resposta mostra que a CE assume muito seriamente sua responsabilidade em relação aos agricultores e que está preparada para apoiá-lo com os recursos apropriados”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia para o Emprego, Jyrki Katainen, que hoje substitui no Conselho extraordinário de Agricultura o titular Phil Hogan, que está hospitalizado.

O Executivo comunitário reconhece as dificuldades do setor e foca a resposta em três âmbitos: resolver os problemas de liquidez que dos agricultores; estabilizar os mercados; e melhorar o funcionamento da rede alimentícia, analisou a CE em comunicado.

“Este pacote permitirá o uso de 500 milhões de euros de fundos da UE que serão utilizados para beneficiar os agricultores em caráter imediato. Trata-se de uma resposta forte e decisiva”, considerou Katainen.

A CE irá propor que a parte mais importante do pacote de medidas seja destinada a todos os Estados-membros, com ajudas para apoiar o setor lácteo.

“Na hora de determinar a distribuição da ajuda, nos asseguramos de que seja repartida e orientada de maneira justa e que resulte efetiva, prestando especial atenção aos Estados-membros e aos agricultores mais afetados”, afirmou a CE.

A Comissão explicou que trabalha com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) em opções para estabelecer instrumentos financeiros e que também estuda “um novo esquema de armazenamento privado para a carne de porco”.

Outra proposta é o aumento do orçamento para os programas de promoção em 2016, com uma quantia ainda não definida que se somará aos 81 milhões de euros já comprometidos. Uma parte desse novo orçamento se destinaria aos setores lácteo e de carne de porco, segundo a CE.

A entidade explicou que busca novos mercados para os produtos europeus, e que o comissário Hogan viajará à China e ao Japão no fim deste ano com esse objetivo, e a México e Colômbia no início de 2016.

Outra ideia proposta pela Comissão é a criação de um novo grupo de alto nível para analisar questões como os créditos para os agricultores e a avaliação do pacote lácteo elaborado pela Comissão após a crise do setor em 2009, com a meta de melhorar a capacidade de negociação dos produtores. EFE

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