Cem escolas do nordeste do Quênia fecham por conta da insegurança na zona

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 15h05

Nairóbi, 27 mai (EFE).- Cerca de cem escolas de várias províncias do nordeste do Quênia, próximas à fronteira somali, foram fechadas após as recentes incursões e ataques do grupo jihadista Al Shabab na zona, informaram nesta quarta-feira os meios de comunicação locais.

O último destes ataques ocorreu ontem, quando vários veículos da polícia queniana ficaram carbonizados após serem atacados por membros do Al Shabab no município de Yumbis, na província de Garissa.

Apesar dos jihadistas reivindicarem o ataque e assegurarem ter assassinado mais de 20 agentes, o Ministério do Interior queniano desmentiu esta informação e assegurou que apenas cinco policiais ficaram feridos, alguns em estado grave.

Este fato levou a decretar o fechamento de 83 escolas primárias e outras 12 de ensino médio nas províncias de Mandera, Wajir e Garissa, todas elas na zona fronteiriça com a Somália, segundo detalha o jornal “The Star”.

O fechamento ocorre perante a incapacidade de garantir a segurança dos estudantes, que ainda lembram bem do massacre perpetrado há quase dois meses pelos jihadistas na Universidade de Garissa, onde morreram 148 pessoas, segundo o jornal.

A insegurança na zona também obrigou aos Médicos Sem Fronteiras (MSF) a evacuar 40 de seus trabalhadores do campo de refugiados de Dadaab, situado no nordeste.

“Trata-se de uma medida preventiva que, infelizmente, tem um impacto direto em nossa capacidade de proporcionar assistência médica essencial para os refugiados”, precisou a organização em comunicado .

Na semana passada, Al Shabab também tentou atacar Yumbis, mas a intervenção das forças de segurança impediu que houvesse vítimas.

Apenas alguns dias antes, um grupo de jihadistas cruzaram a fronteira desde a Somália para dar um sermão em uma mesquita da cidade de Ijara, segundo a imprensa local.

O crescente número de ataques além das fronteiras pôs em interdição a capacidade das Forças de Segurança quenianas para controlar uma fronteira que discorre ao longo de 700 quilômetros de zona semidesértica e com uma densidade de população muito baixa.

A construção de um muro ao longo da fronteira é uma das últimas medidas anunciadas pelo governo queniano para melhorar a segurança e prevenir os ataques terroristas e os movimentos ilegais de população. EFE

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