Centenas de refugiados caminham a pé rumo a fronteira entre Hungria e Áustria

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2015 10h19
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Budapeste, 7 set (EFE).- Um grupo de 400 refugiados partiu nesta segunda-feira andando para a Áustria desde o acampamento de Vámosszabadi, na Hungria, a cerca de 140 quilômetros da fronteira entre os dois países, informou o site “index”.

Os refugiados caminham pela estrada nacional 1, apesar de há dias as autoridades húngaras não impedirem que os imigrantes cheguem de trem até a fronteira.

Durante dias, centenas de refugiados vindos do Oriente Médio, sobretudo da Síria e do Iraque, ficaram retidos na estação de Keleti, em Budapeste, depois de serem impedidos pelas autoridades húngaras de seguirem caminho para a Áustria e, posteriormente, para a Alemanha.

Ontem um grupo de refugiados iniciou esta mesma rota a pé, mas finamente decidiram subir na estação de Györ, a cerca de 10 quilômetros do acampamento, em um trem rumo à fronteira.

Após Áustria e Alemanha terem anunciado no sábado a abertura de um corredor e a Hungria facilitar a saída dos refugiados, a situação se normalizou momentaneamente. Só no fim de semana, 16 mil pessoas cruzaram da Hungria para a Áustria, e a imensa maioria continuou depois seu caminho rumo a Alemanha.

Já no sul da Hungria, milhares de pessoas continuam a entrar desde a Sérvia, foram cerca de cinco mil no fim de semana passado.

Em Röszke, perto de fronteira com a Sérvia, um grupo de afegãos entrou em conflito com a polícia, que não chegou a usar balas de borrachas ou gás lacrimogêneo.

A Anistia Internacional denunciou ontem que as condições de abrigo em Röszke são muito ruins e que os refugiados só têm recebido ajuda de voluntários.

Mais ao sul, a torrente de refugiados continua rumo a Europa. Cerca de quatro mil cruzaram a fronteira entre Macedônia e Sérvia este fim de semana, e a expectativa é que cheguem à Hungria em um ou dois dias.

Hoje o primeiro-ministro húngaro, o conservador Viktor Orbán, defendeu sua postura contrária à distribuição dos refugiados entre os países da União Europeia, e afirmou que “a defesa da fronteira é mais importante que as cotas”. EFE

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