Cepal diminui para 1% a previsão de crescimento da América Latina em 2015
Santiago do Chile, 7 abr (EFE);- A economia da América Latina e do Caribe crescerá em torno de 1% em 2015, segundo a nova projeção da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgada nesta terça-feira.
A revisão em baixa do crescimento do produto interno bruto (PIB) regional por parte do organismo das Nações Unidas reflete um entorno global caracterizado por uma dinâmica econômica menor do que a esperada no fim de 2014.
Com exceção dos Estados Unidos, as projeções de crescimento foram revisadas em baixa nos países industrializados, e as economias emergentes seguem desacelerando, explicou a Cepal em um comunicado.
O organismo espera que a região mantenha o crescimento econômico em torno do nível registrado em 2014, que foi de 1,1%, segundo o relatório anual Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2014.
Em nível sub-regional, a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe projeta uma taxa de crescimento próxima a zero para a América do Sul, enquanto na América Central e México o crescimento alcançará 3,2% e no Caribe 1,9%.
Ao menor crescimento da economia mundial se soma uma maior volatilidade financeira internacional, produto de uma política monetária muito expansiva na Europa e Japão, enquanto se antecipa uma alta nas taxas de juros nos Estados Unidos.
Por outro lado, o fim do chamado “superciclo” do preço dos bens primários afeta negativamente vários países da região, assinala a Cepal.
As particularidades das economias da região fazem com que exista uma grande heterogeneidade na intensidade e forma como os choques externos afetam os países, afirmou o organismo da ONU, que tem sede em Santiago do Chile.
As projeções de crescimento das economias especializadas na produção de bens primários, especialmente petróleo e minérios, são as que sofreram as maiores quedas (América do Sul e Trinidad e Tobago).
No extremo oposto, as economias com maior vinculação com a economia dos Estados Unidos, e que se beneficiam da queda do preço do petróleo, registram as melhores projeções, como é o caso da América Central e o Caribe de fala inglesa.
Os países que liderarão a expansão regional em 2015 serão Panamá, com uma alta no PIB de 6%, Antígua e Barbuda (5,4%) e Bolívia, Nicarágua e República Dominicana (5%). EFE
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