Cerca de 100 mil pessoas recebem o papa Francisco calorosamente em Havana

  • Por Agencia EFE
  • 19/09/2015 23h19
HAB. Havana (Cuba), 19/09/2015.- Pope Francis waves from the Popemobile after his arrival in Havana, Cuba, 19 September 2015. Pope Francis will be in Cuba for a four days visit, during a journey that will also take him to the US, the two countries that benefited from his support towards restoring diplomatic relations. (La Habana, Papa) EFE/EPA/ADALBERTO ROQUE / POOL EFE Papa Francisco acena para fiéis em ruas de Havana

Milhares de cubanos saíram às ruas neste sábado para tentar ver, mesmo que rapidamente, o papa Francisco, em uma demonstração de agradecimento ao responsável por mediar o restabelecimento das relações entre a ilha e Estados Unidos, e visto com “respeito e admiração”, para além de credos e religiões.

Francisco, o terceiro papa a visitar a ilha em 17 anos, foi recebido pelo presidente cubano, Raúl Castro, no aeroporto da capital, e foi até a Nunciatura a bordo de um papamóvel descoberto construído em Cuba especialmente para a ocasião.

Mais de 100 mil pessoas, segundo cálculos iniciais do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, se concentraram, de forma organizada, nas ruas de Havana para saudar o primeiro papa latino-americano, levando bandeiras e cartazes.

“Estamos aqui para receber o papa e apoiá-lo, como vamos fazer sempre com todos os presidentes e todas as personalidades que queiram ajudar o nosso país”, afirmou Vivian, uma moradora da capital, que aguardava a passagem do papa ao lado de alguns colegas de trabalho.

Já Juan Enrique, de 55 anos, disse agradecer ao papa por sua atuação na política da ilha. “Todo mundo respeita o papa, principalmente este, que nos ajudou e é por isso que estamos aqui, mesmo sem sermos católicos”, contou Juan Enrique, que segurava duas bandeiras: uma de Cuba e outra do Vaticano.

Crianças cubanas seguram bandeiras de Cuba e do Vaticano durante visita do papa (EFE)

Para os cubanos, Francisco é, acima de tudo, a pessoa que ficou “ao lado dos pobres” e de quem eles querem “receber bênçãos”, não só por ser o papa, mas por “ser latino-americano”, conforme revelou o fiel Alfredo.

Francisco estará na ilha até o dia 22, em uma visita de grande simbolismo por seu papel no processo de reaproximação entre Cuba e EUA, que depois de mais de cinco décadas de inimizade restabeleceram suas relações diplomáticas em 20 de julho.

Depois de passar por Havana e mais duas cidades cubanas, o pontífice irá para os Estados Unidos, a segunda parte da viagem.

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