Cerca de 17 mil presos começaram greve de fome no Egito, segundo islamitas
Cairo, 26 abr (EFE).- Cerca de 17 mil presos começaram uma greve de fome no Egito em protesto contra as condições nas quais vivem e os supostos abusos que sofrem, informou neste sábado a Irmandade Muçulmana.
Em comunicado, a confraria explica que estes presos se encontram em dependências militares e permanecem “ilegalmente detidos sem nenhuma justificativa”.
Os presos adotaram essa atitude para denunciar que estão amontoados em celas sem ventilação, não podem receber visitas de advogados ou familiares, e sofrem “repetidas e horríveis torturas”.
Para a Irmandade Muçulmana, estas pessoas foram detidas por sua oposição ao golpe militar que no último dia 3 de julho tirou do poder o islamita Mohammed Mursi.
A confraria, que acusou a polícia de participar destas agressões e o sistema judiciário de violar a lei, convocou seus seguidores a apoiar os presos em greve de fome.
No último mês de dezembro, 450 seguidores e membros da Irmandade Muçulmana, presos na prisão cairota de Torá, se declararam em greve de fome em protesto contra as condições de sua detenção.
Grupos de direitos humanos pediram ao Ministério Público que investigue os possíveis casos de torturas a detidos em protestos que estão à espera de julgamento no Egito.
Desde a derrocada de Mursi, as autoridades egípcias perseguiram a Irmandade Muçulmana, grupo que declararam “terrorista”, ao mesmo tempo em que encarceraram opositores, ativistas e jornalistas por diferentes motivos. EFE
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