Cerca de 50 pessoas estão sob vigilância na Espanha após caso de ebola

Madri, 7 set (EFE).- Autoridades do sistema de saúde da Espanha mantêm sob vigilância cerca de 50 pessoas após a confirmação do contágio, pelo vírus do ebola, de uma auxiliar de enfermagem, que está sendo tratada com plasma de uma religiosa que superou a doença.

Teresa Romero Ramos, que se apresentou como voluntária para cuidar de dois sacerdotes espanhóis repatriados da África e que faleceram em consequência deste vírus, permanece internada e isolada no Hospital Carlos III, em Madri, enquanto seu marido e um engenheiro espanhol que viajou à Nigéria estão em observação no mesmo local.

O marido da paciente não tem sintomas, e o engenheiro deu negativo em um primeiro exame, segundo informaram os responsáveis do Hospital La Paz e os médicos que lhes atendem no Carlos III.

Além disso, uma enfermeira que também trabalhou no tratamento aos religiosos repatriados, mas que não tinha tido febre nem sintoma algum, deu negativo para ebola em dois exames, segundo anunciaram fontes da Secretaria de Saúde de Madri.

A auxiliar de enfermagem contagiada, de 44 anos, casada e sem filhos, teve contato com 22 pessoas, em sua maioria profissionais de saúde que a atenderam e familiares. Estes, por sua vez, são mantidos em monitoramento pela recém criada Comissão de Coordenação – entre o Ministério da Saúde e a comunidade Autônoma de Madri -, assim como 30 pessoas que atenderam os dois missionários que morreram vítimas do ebola no Hospital Carlos III.

O marido da paciente denunciou através das redes sociais que o governo regional de Madri lhe pediu autorização para sacrificar o cão da família como medida preventiva e foi advertido que, caso se negasse, uma ordem judicial será solicitada para realizar essa medida.

No entanto, o governo regional já deu ordem de sacrificar o animal ao avaliar que isso “representa um possível risco de transmissão da doença ao homem”, já que “vivia em estreito e permanente contato” com a paciente. EFE

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