Cerca de 75% das vítimas do terremoto abandonam acampamentos de Katmandu

  • Por Agencia EFE
  • 03/05/2015 04h33

Katmandu, 3 mai (EFE).- Cerca de 75% das vítimas do terremoto de há uma semana que tinham se refugiado nos acampamentos provisórios instalados pelo governo nepalês em Katmandu abandonaram as tendas, informaram hoje à Agência Efe fontes militares.

O maior acampamento da capital nepalesa, o de Thudikel, dá refúgio ainda a entre 1.200 e 2.000 pessoas, embora na segunda-feira passada abrigasse entre 9.000 e 12.000, assegurou uma fonte militar que preferiu manter o anonimato.

A fonte assegurou que essa situação se repete em outros 15 acampamentos instalados em diferentes pontos de Katmandu, onde segundo os últimos dados oficiais divulgados pelo Ministério do Interior nepalês, 22.905 casas foram destruídas e outras 60.855 ficaram danificadas.

Além disso, das 7.056 pessoas que morreram no terremoto, pelo menos 1.180 delas estavam na capital, onde o número de feridos atingiu 4.634 frente ao número total de 14.123, de acordo com os últimos dados divulgados pelo governo.

Muitos dos desabrigados pela tragédia que abandonaram os acampamentos retornaram para suas casas ou ao restante delas para retirar os escombros ou tentar concertar os danos.

Outros, no entanto, ainda têm medo de voltar.

Prathima Tapa, estudante de 17 anos, afirmou à Efe que não quer deixar o acampamento de Thudikel porque sua casa está danificada e prefere esperar que a terra deixe de tremer.

“Não sabemos quanto tempo ficaremos aqui”, acrescentou a jovem.

Ontem dois novos tremores de 4,2 e 5 graus na escala Richter voltaram a sacudir o país, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, embora sua intensidade tenha ficado longe do terremoto de 7,8 do sábado passado.

O vendedor de 36 anos Madhav Pudasaini, que também está no acampamento de Thudikel, explicou à Efe que não pode deixar o lugar porque não restou nada de sua casa nem da loja na qual trabalhava, portanto espera que o governo lhe dê alguma alternativa.

“Não sei quando vou embora nem para onde irei. Aqui vou continuar até que tenha uma solução”, declarou Pudasaini. EFE

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