Cerca de 857 mil pessoas precisam de ajuda por falta de comida na Somália
Nairóbi, 4 fev (EFE).- Cerca de 857 mil pessoas necessitam de “assistência humanitária urgente” por falta de alimentos na Somália, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira em Nairóbi pela Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O número inclui cerca de 203 mil crianças menores de cinco anos que sofrem “desnutrição aguda”, afirma o texto, elaborado pela Unidade de Análise de Segurança Alimentar e Nutrição para a Somália da FAO (FSNAU) e a Rede de Sistemas de Alarme Adiantada de Crise de fome (FEWS NET).
Esse grupo inclui “51 mil crianças que estão gravemente desnutridas e, consequentemente, enfrentam maior risco de morte”, afirma o documento.
Em qualquer caso, ressalta o relatório, as chuvas, os baixos preços dos alimentos e a assistência humanitária provocaram uma significativa redução da população que precisa de ajuda urgente, que alcançou o pico de 4 milhões de pessoas durante a crise de fome que castigou o país do Chifre da África em 2011.
A maioria das 857 mil pessoas citadas anteriormente é de deslocados internos, detalha a FAO, ao acrescentar que a segurança alimentar de outros 2 milhões de pessoas “continua frágil” na Somália.
Apesar dos avanços feitos nos últimos dois anos no terreno político, a Somália ainda está imersa em um longo e complexo conflito armado.
As tropas da Missão de União Africana na Somália (Amisom), o exército somali e várias milícias governistas combatem a Al Shabab, a milícia fundamentalista islâmica dominante desde 2006, e que controla amplos territórios do Centro e do Sul do país.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de criminosos armados. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.