Chamas ainda consomem tanques em Santos; Defesa Civil destaca a importância do Plano de Auxílio Mútuo
Incêndio de grandes proporções atinge tanques de combustíveis
Incêndio SantosAinda continuam os trabalhos para conter as chamas que tomam conta de grandes tanques de combustíveis na entrada da cidade de Santos, no bairro da Alemoa.
Em entrevista a Jovem Pan, o coordenador da Defesa Civil de Santos, coronel Daniel Onias, disse que o quadro permanece inalterado. “Ainda há muito volume de fogo, os tanques ainda continuam pegando fogo. Continua esse incêndio. O trânsito próximo foi interrompido”.
Segundo o coronel Onias, os bombeiros estão recebendo reforços da capital e do grande ABC e todas as brigadas de incêndio das empresas que compõem o complexo industrial da Alemoa estão apoiando com pessoal e equipamento.
Apesar do fogo não ter chegado a atingir os contêineres, que estão a uma distância razoável, o que preocupa são os tanques mais próximos do terminal e do terminal vizinho, que também estoca líquidos inflamáveis.
Na área, existe um plano especial de emergência para conter acontecimentos deste tipo. “Existe o plano de Auxílio Mútuo do Porto. É um plano que as empresas reúnem mensalmente seus técnicos de segurança e que em caso de grandes emergências, as empresas se ajudam mutuamente”, explicou.
*Ouça a entrevista completa no áudio acima
Segundo o coordenador da Defesa Civil, não existem vítimas, mas viaturas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estão com médicos a postos para atender aqueles que necessitarem.
Também em entrevista a Jovem Pan, o capitão-de-mar-e-guerra e comandante da Capitania dos Portos de São Paulo, Ricardo Fernandes Gomes, comentou que cerca de 25% do Canal do Porto de Santos está interrompido devido ao incêndio.
O comandante disse, ainda, que em nenhum momento houve a preocupação do incêndio afetar outras áreas: “o Porto de Santos tem 13km de área em terra. Essa área afetada é, justamente, a área mais interior”.
*Ouça a entrevista completa no áudio acima
Segundo informações da Prefeitura de Santos, o SAMU realizou o atendimento de 15 pessoas no local. Todos homens com superaquecimento. Isso acontece porque as vítimas são funcionários da área industrial da Alemoa usam roupas pesadas e acabam tendo alteração na pressão arterial e aumento na temperatura corporal. Crise nervosa e inalação de fumaça também foram registradas nos pacientes. Todos atendidos no local e liberados. No Pronto Socorro Central de Santos três pessoas foram atendidas com crise nervosa medicadas e liberadas.
O caso
De acordo com moradores, o fogo começou depois de uma forte explosão, que aconteceu por volta das 10h da manhã. Até às 12h30 os bombeiros não haviam conseguido controlar a situação. “É bem complicado fazer o combate a esse tipo de incêndio tendo em vista que se nós formos jogar água em um local, a água não consegue nem atingir a base do fogo, ela evapora”, contou Marcos Palumbo, capitão do corpo de bombeiros, à repórter Jovem Pan Renata Perobelli.
A alta e espessa coluna de fumaça podia ser vista das cidades vizinhas. Apesar da gravidade do acidente, não houve vítimas.
Um navio também foi direcionado para auxiliar no combate às chamas. O navio Governador Fleury, do próprio Corpo de Bombeiros, é uma embarcação que retira água do canal do porto para combater o incêndio.
O incêndio acontece em uma região portuária e as residências mais próximas ficam a pelo menos 1km de distância dos tanques.
O local atingido pertence à empresa Ultracargo, que movimenta produtos químicos, combustíveis, óleos vegetais, etanol e corrosivos.
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