Chanceler calcula em 120 as crianças sírias que chegarão ao Uruguai

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2014 16h14
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Montevidéu, 2 jun (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, confirmou que o país receberá um total de 120 refugiados da guerra da Síria, entre crianças e parentes, informaram nesta segunda-feira veículos de imprensa locais.

“São famílias em total estado de vulnerabilidade, vítimas de um conflito armado. Pode se tratar tanto de crianças órfãs sozinhas, como acompanhadas por adultos em várias condições”, assinalou o chanceler em entrevista à agência “Uruguai Press”.

Almagro estimou que o projeto de recepção dos refugiados sírios, uma iniciativa lançada pelo presidente José Mujica, poderia ser apresentada ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), com sede em Genebra (Suíça), em “um par de semanas”, enquanto as vítimas entrariam no Uruguai em setembro.

Por outro lado, o chanceler destacou “avanços” nas negociações entre Uruguai e Estados Unidos para que o país sul-americano acolha a seis reclusos procedentes da prisão americano de Guantánamo (Cuba).

Os seis presos estariam selecionados pelo governo uruguaio e chegariam ao país em agosto.

O presidente Mujica anunciou no final de abril sua intenção de abrigar crianças refugiadas sírias, aos que acolheria na residência presidencial de Anchorena, uma estadia de campo situada no departamento de Colônia, cerca de 200 quilômetros a oeste de Montevidéu.

As crianças chegarão dos assentamentos em que já estão refugiados em alguns países do Oriente Médio, ou diretamente de zonas em conflito da Síria, e o Uruguai está disposto a “correr com todas as despesas” da mudança, disse Almagro recentemente.

Quanto aos presos da prisão de Guantánamo, Mujica aceitou também em abril o pedido do presidente americano, Barack Obama, de acolher no Uruguai a pelo menos cinco reclusos dessa prisão, que o governo dos EUA pretende fechar em breve.

O presidente do Uruguai, ex-líder guerrilheiro de 78 anos e que ficou preso 14 anos em duras condições antes e durante a ditadura em seu país (1973-1985), destacou que os presos seriam tratados no Uruguai como “refugiados” e “homens livres”.

Por sua vez, o ministro uruguaio do Interior, Eduardo Bonomi, manifestou que os presos contariam com “custódia elementar” nos “primeiros dias” após sua chegada ao país. EFE

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