Chanceler e defensor público viajam para fronteira colombo-venezuelana

  • Por Agencia EFE
  • 24/08/2015 15h19
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Bogotá, 24 ago (EFE).- A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, e o defensor público, Jorge Armando Otálora, viajaram nesta segunda-feira à cidade de Cúcuta, para conhecer no terreno a situação na fronteira com a Venezuela, que está fechada por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desde a quinta-feira passada.

Holguín e Otálora examinarão a crise causada pela deportação de cerca de 400 colombianos, entre eles 42 menores de idade.

“Além das disposições administrativas e legais autônomas em cada nação, existem situações que vulneram os direitos fundamentais dos cidadãos”, ressaltou a Defensoria Pública.

Na quinta-feira, as passagens entre o departamento do Norte de Santander (Colômbia) e o estado de Táchira (Venezuela) foram fechadas por ordem das autoridades do vizinho país após um ataque de supostos contrabandistas contra militares venezuelanos que deixou três uniformizados e um civil feridos.

Depois do fechamento da fronteira, o presidente Maduro decretou estado de exceção no estado de Táchira por 60 dias prorrogáveis, medida que entrou em vigor no sábado, e fechou “até novo aviso” todas as passagens fronteiriças com a Colômbia nessa região, por seu suposto uso por parte de contrabandistas e paramilitares.

Na sexta-feira, a chanceler Holguín tinha manifestado que o fechamento da fronteira era “uma decisão soberana”.

Enquanto isso, nas últimas horas, a Defensoria administrou albergues temporários para 180 cidadãos que cruzaram por um atalho divisório a ponte internacional Simón Bolívar, e que ao não terem refúgiom solicitaram a intervenção humanitária.

Segundo os registros oficiais, são mais de 390 as pessoas que foram obrigadas a abandonar suas residência do outro lado da fronteira, acrescenta a informação.

Entre as pessoas expulsas da Venezuela estão 42 crianças e adolescentes, enquanto outros 34 menores de idade ficaram no vizinho país sem seus familiares, de acordo com as queixas expressadas pelos deportados.

A Defensoria recebeu no domingo 22 declarações formais de colombianos que denunciaram maus tratos, atropelos e ameaças da Guarda Venezuelana.

Uma equipe do organismo defensor colombiano já está na zona fronteiriça para fortalecer as tarefas humanitárias e analisar as queixas apresentadas.

Este fato “atingiu dezenas de famílias e criou incerteza nas crianças e adolescentes que permanecem em território venezuelano, além de ter gerado sérios prejuízos para a manutenção das famílias e para o comércio binacional”, disse a Defensoria. EFE

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