Chanceler iraquiano alerta sobre ameaça da crise para o mundo e Kerry o apoia
Bagdá, 23 jun (EFE).- O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, advertiu nesta segunda-feira sobre a ameaça que representa para “a paz regional e mundial” o conflito no Iraque, e o secretário de Estado americano, John Kerry, se comprometeu a apoiar a luta contra o terrorismo que o país árabe trava.
Maliki e Kerry se reuniram em Bagdá para abordar a crise que o Iraque atravessa, alvo de uma ofensiva insurgente e jihadista há duas semanas.
Segundo um comunicado do governo iraquiano, Maliki pediu à comunidade internacional que leve a sério a crise, que na sua opinião não representa apenas um perigo para o Iraque.
Também afirmou que seu país vai cumprir com os prazos constitucionais do processo político, que são a formação de um novo governo e a eleição de um presidente.
Por sua vez, Kerry expressou o compromisso de seu país com o acordo de segurança assinado entre Bagdá e Washington em 2011, segundo o mesmo comunicado.
No entanto, a nota não faz alusão ao pedido das autoridades iraquianas de que os EUA lancem bombardeios aéreos contra os insurgentes sunitas liderados pelo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), também chamado “Isis” na sigla em inglês.
Washington até o momento se limitou a desdobrar a 300 assessores militares, insistindo em que isso não representa reiniciar suas operações de combate no Iraque e que a solução ao problema não passa por uma via exclusivamente militar.
Kerry reiterou o compromisso dos EUA de “proteger a segurança e a independência do Iraque” e de derrotar as organizações terroristas, à frente delas o EIIL.
O secretário de Estado chegou hoje a Bagdá em uma visita surpresa no marco de uma viagem pelo Oriente Médio e Europa.
Durante a estadia de Kerry em Bagdá aconteceu um ataque contra um comboio que transferia presos que causou a morte de pelo menos 37 pessoas, a maioria réus, na província de Babel, ao sul da capital. EFE
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