Chanceler uruguaio pede declaração “contundente” da Unasul sobre a Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 14/03/2015 18h52
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Mitad del Mundo (Equador), 14 mar (EFE).- O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, pediu neste sábado aos representantes dos outros países na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) “uma declaração clara e contundente”, que mostre “a união dos países da região” em relação à Venezuela e suas tensões com os Estados Unidos.

O representante do Uruguai, país que ocupa a presidência rotativa da Unasul, fez a solicitação ao abrir uma reunião extraordinária de chanceleres do bloco realizado na sede do organismo, em Quito.

Na sessão serão abordados os atritos entre Venezuela e EUA. Nesta semana, o governo americano considerou o país sul-americano como uma “ameaça” para sua segurança e sua política externa.

O secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, pediu aos ministros das Relações Exteriores para que foquem nos princípios de paz, democracia e defesa dos direitos humanos.

“Esses são os três princípios ao redor dos quais nos baseamos e vamos continuar fazendo o mesmo aqui na Unasul”, disse.

Após a abertura da reunião, a sessão continuou a portas fechadas para analisar o decreto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que na segunda-feira declarou uma situação de “emergência nacional” no país devido ao “risco extraordinário” que considera representar a situação venezuelana para sua segurança.

Esse é um dos pontos da agenda da reunião, na qual também será divulgado o relatório de uma comissão especial de chanceleres da Unasul que visitou Caracas em 6 de março, junto a Samper.

Os enviados, que foram o equatoriano Ricardo Patiño, a colombiana María Ángela Holguín e o brasileiro Mauro Vieira, se reuniram com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e com representantes da oposição, assim como com autoridades eleitorais e judiciais, para saber a fundo a situação do país e tentar buscar fórmulas de aproximação entre governo e opositores.

A reunião ocorre precedida de críticas aos EUA e de manifestaçeos de apoio à Venezuela, principalmente dos governos da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). O líder venezuelano disse ontem que estende “uma mão ao governo dos EUA” para que avancem “juntos em diálogos francos”.

“Eu estendo uma mão ao governo dos EUA para que avancemos juntos em diálogos francos e busquemos uma solução sobre a base do direito internacional, do respeito mútuo, para que seja remediado esse grave problema que foi criado”, disse Maduro durante um ato político no norte da Venezuela.

O encontro de chanceleres conta com a presença dos ministros dos 12 países do bloco: o da Argentina, Héctor Timerman; Bolívia, David Choquehuanca; Brasil, Mauro Vieira; Colômbia, María Ángela Holguín; Equador, Ricardo Patiño; Guiana, Carolyn Rodrigues-Birkett e Peru, Gonzalo Gutiérrez; Suriname, Winston Lackin; Uruguai, Rodolfo Nin Novoa; Venezuela, Delcy Rodríguez; Paraguai, Eladio Loizaga; e Chile, Heraldo Muñoz.

jsm/vnm

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