Chanceler venezuelana diz que “em breve” responderá às sanções dos EUA

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2015 16h11
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Caracas, 9 mar (EFE).- A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse nesta segunda-feira que “em breve” responderá à ordem dada pelo presidente de EUA, Barack Obama, de aplicar e ampliar as sanções aprovadas recentemente por seu governo contra a Venezuela.

“Nós não queremos misturar as políticas internacionais e em breve revelaremos a resposta da Venezuela sobre o alcance destas declarações”, disse Rodríguez em entrevista coletiva convocada para abordar outros assuntos internacionais.

Obama declarou, além disso, uma situação de “emergência nacional” pela “ameaça incomum e extraordinária” que representa a situação da Venezuela “para a segurança” dos Estados Unidos.

A declaração de uma “emergência nacional” é uma ferramenta com a qual o presidente americano conta para aplicar sanções contra um país em determinadas circunstâncias e que lhe permite ir além do que foi aprovado pelo Congresso.

O governo dos EUA identificou sete altos funcionários venezuelanos que são acusados de estar vinculados com violações dos direitos humanos e aos quais congelou seus bens e proibiu a entrada ao país americano.

A chanceler, que convocou a imprensa para informar sobre os resultados de uma cúpula de Petrocaribe realizada na sexta-feira em Caracas, acrescentou unicamente, em referência aos Estados Unidos, que a Venezuela limitou o número de diplomatas que o país pode ter em Caracas no marco de decisões de reciprocidade.

Nesse sentido, Rodríguez disse que é “incorreto o número” de 74 diplomatas que Washington sustenta que a Venezuela tem credenciados perante o governo americano.

“Conheço quantos eles têm e quantos temos nós, mas em breve revelaremos pelos canais diplomáticos o número correspondente”, disse a chefe da diplomacia venezuelana.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na semana passada a redução do número de funcionários diplomatas da embaixada dos EUA em Caracas a níveis similares aos 17 que seu governo mantém em Washington.

O governo venezuelano também exige que seja solicitado visto aos americanos que visitem o país caribenho e publicou na Gazeta oficial uma resolução que proíbe o ingresso ao país de alguns políticos dos EUA, entre eles o ex-presidente George W. Bush.

As relações entre Venezuela e Estados Unidos se encontram muito turbulentas desde que em 2010 ambos os países ficaram sem representação em nível de embaixadores, quando Hugo Chávez ainda era presidente (1999-2013).

Nos últimos meses, as tensões se recrudesceram após as acusações por parte de Maduro de que Washington apoiou planos de conspiração para derrubar seu governo. EFE

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