Chefe das “Forças Armadas” de Donetsk anuncia “operação contraterrorista”

  • Por Agencia EFE
  • 12/05/2014 14h32
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Donetsk (Ucrânia), 12 mai (EFE).- O comandante das denominadas Forças Armadas da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Igor Strelkov, anunciou nesta segunda-feira o início de uma “operação contraterrorista” em resposta à ofensiva de Kiev contra as fortificações pró-Rússia.

Um documento assinado por Strelkov, que hoje se proclamou comandante das Forças Armadas da região insurgente, determina a realização “no território da RPD de uma operação contraterrorista”, informam as agências russas.

O documento declara que “todas as formações militares, órgãos de segurança e a polícia” estão submetidas as ordens de Strelkov.

“Os comandantes deverão cumprir a partir de agora apenas as minhas ordens”, exigiu Strelkov, que deu um prazo de 48 horas para “todos os oficiais e soldados das Forças Armadas, do Serviço de Segurança da Ucrânia e do Ministério do Interior” jurarem lealdade ao novo Estado autoproclamado hoje.

“Têm 48 horas para jurar lealdade à RPD ou abandonar seu território. Todos os que ficarem sob o comando da RPD terão garantidos manutenção do grau militar, salário e contribuições sociais”, acrescenta o texto.

As autoridades da autoproclamada República Popular de Donetsk consideram “ilegal a partir de agora” qualquer presença das forças de segurança e da ordem ucranianas em seu território.

Além disso, foi ordenada a “a detenção de todos os guerrilheiros de grupos neonazistas”, entre os quais se inclui o “Praviy Sektor” e a Guarda Nacional da Ucrânia, criada pelas autoridades ucranianas pouco após derrubada do presidente Viktor Yanukovich.

As autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk anunciaram hoje sua independência, respaldadas pelos resultados “oficiais” das consultas de autodeterminação realizadas ontem sem reconhecimento internacional nem do governo ucraniano.

Segundo dados dos próprios insurgentes, 89,7% dos eleitores que votaram em Donetsk se pronunciaram a favor da cisão da Ucrânia, porcentagem que subiu para 96% na vizinha Lugansk. EFE

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