Chefe de Forças Militares diz que não serão obstáculo para a paz na Colômbia

Bogotá, 22 mar (EFE).- O comandante geral das Forças Militares da Colômbia, o general Juan Pablo Rodríguez, disse que as tropas não são um obstáculo para a paz e que a suspensão dos bombardeios aos acampamentos das Farc não significa uma paralisação da ofensiva militar contra os grupos guerrilheiros.

“Se há alguém que apoiou este processo, somos nós. Em nenhum momento fomos, nem seremos, um obstáculo para a paz”, disse o alto comando militar em entrevista publicada neste domingo no jornal “El Tiempo”.

O governo colombiano e as Farc iniciaram negociações de paz em novembro de 2012 em Havana. Até o momento, alcançaram avanços em matéria de terras, participação política e substituição de cultivos ilícitos.

O general Rodríguez insistiu que as Forças Militares, na eventual assinatura de um acordo de paz, “devem ser fortalecidas” porque, segundo ele, as tropas “fortalecidas deixam Estados soberanos e debilitadas deixam Estados fracassados”.

Rodríguez acrescentou que no propósito de construir a paz “se requer manter forças modernas e efetivas que possam seguir mantendo a segurança e a soberania”.

Ao se referir à ordem do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de suspender os bombardeios aos acampamentos das Farc e que essa medida podia ser constituída em uma semi-paralização da ofensiva militar, o general Rodríguez foi taxativo ao dizer que “em nenhum momento” isso ocorreu.

O general explicou que Santos foi claro porque “suspendeu os bombardeios por 30 dias e disse que faria uma análise da situação. As operações de controle territorial continuam no país; os bombardeios são só uma parte dessas operações. Não paramos de proteger aos colombianos da criminalidade”.

O general Rodríguez, igualmente, destacou a unidade no interior das Forças Militares e recalcou que a instituição conta com uma cúpula unida sob a liderança do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, “que entende claramente que alcançar a paz é o propósito de todos os colombianos”. EFE