Chefe de junta militar tailandesa pede “paciência” à comunidade internacional

  • Por Agencia EFE
  • 06/06/2014 13h20
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Bangcoc, 6 jun (EFE).- O chefe da junta militar da Tailândia, o general Prayuth Chan-ocha, pediu “paciência” à comunidade internacional nesta sexta-feira perante o processo dos militares para “construir” o país e a democracia.

Prayuth insistiu que o levante militar teve o objetivo de “defender” a democracia ameaçada pela corrupção e pela “ditadura parlamentar” do governo que, em sua opinião, não contava com o respeito da comunidade internacional.

“Nossa intenção é devolver a felicidade aos tailandeses”, disse o militar golpista em seu discurso semanal das sextas-feiras retransmitido em todos os canais de televisão nacionais com legendas em inglês.

O líder da junta militar destacou que sua intenção é devolver a normalidade ao país e prepará-lo para a criação da Comunidade Econômica da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), prevista para 2015.

O general opinou que a sociedade tailandesa tinha se tornado “imoral” perante a passividade da Justiça e a corrupção dos políticos.

Os militares asseguraram que promoverão eleições assim que realizem as reformas do sistema, que consideram corrompido, um processo que durará pelo menos um ano.

Prayuth protagonizou o golpe de Estado do último dia 22 de maio após mais de sete meses de protestos antigovernamentais nos quais morreram 28 pessoas e mais de 700 ficaram feridas.

Após o levante, a junta militar convocou para depoimento mais de 300 políticos, aliados e membros do governo deposto, intelectuais, acadêmicos, ativistas e jornalistas, aos quais pôs sob detenção temporariamente, entre eles a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra.

A Tailândia sofre uma grave crise política desde o último golpe de Estado em 2006 contra Thaksin Shinawatra, que vive no exílio para evitar uma condenação de dois anos de prisão por corrupção e a quem seus opositores acusavam de dirigir o Executivo deposto à distância.

Thaksin e seus aliados ganharam todas eleições desde 2001.

Os militares tailandeses protagonizaram 19 tentativas golpistas, das quaos consumaram 12 com sucesso, desde o fim da monarquia absoluta em 1932. EFE

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