Chefe de polícia de Ferguson, nos EUA, apresenta sua renúncia
Washington, 11 mar (EFE).- Thomas Jackson, chefe de polícia de Ferguson, nos Estados Unidos, onde um jovem negro morreu baleado por um policial branco em 2014, renunciou nesta quarta-feira após um relatório negativo do Departamento de Justiça sobre a polícia dessa cidade, que fica no estado do Missouri, confirmou à Agência Efe um porta-voz da administração local.
Em comunicado, a administração explicou que “a cidade de Ferguson e o chefe de polícia, Thomas Jackson, chegaram a um acordo para sua saída” e acrescentou que a mesma será efetivada no dia 19 de março.
Além disso, a administração explicou que, após sua saída, o chefe de polícia receberá vários pagamentos e seguro médico por um ano.
A renúncia acontece depois que o Departamento de Justiça acusou, na semana passada, a polícia local de agir guiada por preconceitos raciais, incorrer em um “padrão de uso excessivo da força” e utilizar sua autoridade como “ferramenta de extorsão”.
Jackson se transformou em alvo da revolta da comunidade negra de Ferguson depois que o policial branco Darren Wilson matou Michael Brown, de 18 anos, em agosto do ano passado, em circunstâncias pouco claras, o que provocou graves distúrbios raciais.
O encarregado de substituir Jackson de forma temporária será o tenente-coronel Al Eickhoff, mas a prefeitura continuará buscando um chefe de polícia para ocupar o lugar de Jackson.
O procurador-geral do país, Eric Holder, disse na semana passada que tomaria todas as medidas oportunas para reformar o Departamento de Polícia de Ferguson e não descartou desmantelá-lo totalmente.
A saída do chefe de polícia é mais uma que acontece nesta semana em Ferguson, depois que o administrador da cidade, John Shaw, encarregado de supervisionar a polícia local, renunciou ontem, e o juiz municipal, Ronald Brockmeyer, o fez na última segunda-feira, também por consequência das críticas do Departamento de Justiça. EFE
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