Chefes policiais são presos por assassinato de candidato a prefeito no México
Morelia (México), 20 mai (EFE).- A Procuradoria de Justiça do estado de Michoacán, no México, prendeu nesta quarta-feira o diretor, o subdiretor e um agente da polícia da cidade de Yurécuaro, acusados de permitir o assassinato de um candidato à prefeitura desse município.
Martín Godoy, procurador de Michoacán, informou que os três recebiam pagamentos de uma célula de traficantes de drogas da comunidade de Tinaja de Vargas, no município vizinho de Tanhuato, onde o candidato Enrique Hernández Salcedo mantinha uma disputa pelo controle de um banco de areia com os líderes dessa organização criminosa.
Os traficantes foram identificados como Adrián Alonso Guerrero Covarrubias e Heraclio Guerrero Martínez, atualmente foragidos.
Os traficantes, segundo o procurador, também estão relacionados com a morte de Gustavo Garibay García, prefeito de Tanhuato, assassinado em 2014. Hernández Salcedo chegou a ficar detido por três meses por esse último crime, até que foi libertado por um juiz por falta de provas.
Os três policiais, acrescentou Godoy, levaram do município de La Piedad até Yurécuaro dois matadores de aluguel, identificados como “el Chuky” e “el Sergio”, autores materiais do assassinato do candidato.
Hernández Salcedo, que era candidato do Movimento Regeneração Nacional (Morena) à prefeitura de Yurécuaro e ex-líder de uma das milícias de autodefesa de Michoacán, foi assassinado no dia 14 de maio quando participava de um comício de sua campanha.
Hernández era o segundo líder das milícias de autodefesa de Michoacán que buscava um cargo de eleição popular, depois que Hipólito Mora, fundador desses grupos formados em 2013 para enfrentar o cartel dos Cavaleiros Templários, se filiou ao partido Movimento Cidadão para concorrer ao cargo de deputado nas próximas eleições, no dia 7 de junho. EFE
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