Chega a 19 número de mortos em conflitos entre Índia e Paquistão
Nova Délhi/Islamabad, 9 out (EFE).- O número de civis mortos pelos confrontos fronteiriços entre Índia e Paquistão aumentou para 19 nesta quinta-feira, em um dos piores conflitos entre ambas as nações nos últimos anos, informou à Agência Efe uma fonte oficial.
Oito indianos morreram e cerca de 60 ficaram feridos, enquanto em solo paquistanês foram 12 civis mortos e 43 com ferimentos desde que começou há quatro dias a troca de tiros através da fronteira na Caxemira, região do Himalaia dividida entre as duas potências nucleares.
A última morte aconteceu nesta manhã, na área paquistanesa de Sialkot, disse à Efe um integrante da Força Fronteiriça de Segurança do Paquistão, que acrescentou que outro civil morreu na noite de quarta-feira.
Cinco pessoas ficaram feridas no território indiano por causa de morteiros no distrito indiano de Jammu, explicou um porta-voz policial à agência local “IANS”.
Fontes indianas e paquistanesas afirmaram que a troca de tiros continua na fronteira, uma das mais militarizadas do mundo. Ambos os países evacuaram cada um cerca de 20 mil pessoas dos povos próximos à fronteira. Tanto a Índia como o Paquistão se acusaram mutuamente de começar o conflito e de abrir fogo “sem provocação”.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou a quarta-feira que “tudo ficará bem em breve”, sem dar mais explicações sobre a situação e sem informar se há esforços diplomáticos para encerrar a troca de tiros. O líder paquistanês, Nawaz Sharif, não fez declarações a respeito.
Perante a tensão fronteiriça entre os países, a ONU pediu que Índia e Paquistão resolvam suas diferenças através da diplomacia e o diálogo. Nos últimos três meses, ambos denunciaram diversas violações ao cessar-fogo estipulado em 2003.
A Índia acusa ao Paquistão de apoiar atividades terroristas em seu território, como o atentado na metrópole de Mumbai, em 2008, que causou 166 mortos, e de apoiar a insurgência na Caxemira.
Aos pés do Himalaia, a Caxemira é a única região da Índia com maioria muçulmana e o Paquistão reivindica sua completa soberania desde a partilha do subcontinente, realizada em 1947 com critérios religiosos. EFE
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