Chega a dez o número de mineiros assassinados a tiros na África do Sul
Johanesburgo, 25 jun (EFE).- A polícia sul-africana encontrou os corpos de dois mineiros que trabalhavam de forma ilegal em uma exploração de ouro e que se somam aos oito achados no final de semana com sinais similares, disseram nesta quarta-feira fontes policiais.
“São até agora dez corpos. Um dos corpos foi achado na segunda-feira pela noite, e o outro ontem (na terça-feira)”, disse o tenente Lungelo Dlamini, citado pela agência local de notícias “Sapa”.
“A mina é velha e está em desuso. Não tem nome e não sabemos como se chamava anteriormente”, acrescentou o porta-voz policial sobre a exploração, situada na cidade de Benoni, ao leste de Johanesburgo.
A polícia deteve até o momento dois mineiros que trabalhavam na exploração e investiga se têm informação dos assassinatos ou estão relacionados com eles.
Moradores da zona suspeitam que os trabalhadores teriam sido baleados por membros de um grupo rival de mineiros que também trabalhava de forma clandestina.
A exploração irregular de minas não exploradas pelas empresas é um fenômeno habitual na África do Sul e em todo o continente africano.
O valor do ouro extraído das minas ilegais na África do Sul supera a cada ano centenas de milhões de euro, que nutrem uma rede mafiosa nacional e internacional, segundo a imprensa local.
Os mineiros que trabalham ilegalmente -geralmente procedentes de países vizinhos como Moçambique, Lesoto ou Zimbábue- fazem para grupos organizados que recorrem à violência para controlá-los e se enfrentam frequentemente com os serviços de segurança das empresas proprietárias das explorações e a polícia e com grupos rivais.
Neste ano, foram registrados várias mortes e acidentes nas explorações ilegais, que alarmaram o governo sul-africano sobre este fenômeno. EFE
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