Chega ao Rio de Janeiro narcotraficante extraditado pela Colômbia
Rio de Janeiro, 29 jan (EFE).- O colombiano Osvaldo Bolívar Ovalle Sevilla, acusado no Brasil de liderar uma organização que traficava cocaína entre a América Latina e Oceania, desembarcou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro e imediatamente foi conduzido para uma prisão após ser extraditado pela Colômbia, informaram fontes oficiais.
O colombiano foi detido pela Interpol em 2013 em Bogotá e extraditado a pedido da Justiça do Brasil, onde é acusado de associação ao tráfico internacional de drogas, segundo um comunicado da Polícia Federal.
“Este é um caso pouco comum de extradição de uma pessoa para ser processada (por narcotráfico) no Brasil”, admitiu a Polícia Federal na nota.
Sevilla é acusado de integrar uma organização de narcotraficantes desarticulada em 2013 em uma operação conjunta das polícias do Brasil, Estados Unidos, Portugal, Austrália e Nova Zelândia.
O grupo criminoso operava “uma das mais lucrativas rotas de tráfico internacional de cocaína e lavagem de dinheiro”, já que transportava drogas procedentes da Colômbia e do Peru.
As drogas passavam pelo Brasil antes de ser enviadas por mar a países da Oceania, principalmente Austrália e Nova Zelândia, onde o produto ilegal alcança valores muito elevados.
Segundo a Polícia Federal, os valores negociados pelo grupo superam R$ 500 milhões.
As autoridades brasileiras acusam o colombiano de ser o principal cúmplice do espanhol Oliver Ortiz de Zárate Martins, que foi detido em junho de 2013 no Rio de Janeiro acusado de lavagem de dinheiro e de quem foram expropriados bens no Brasil no valor de R$ 22 milhões, entre imóveis, veículos de luxo e dinheiro.
A investigação da polícia brasileira sobre as atividades da organização à qual supostamente pertencem Sevilla e Martins permitiu que as autoridades da Austrália e Vanuatu expropriassem em 2013 uma carga de 750 quilos de cocaína, uma dos maiores já registradas na Oceania.
O grupo começou a ser investigado em 2011 depois que a polícia australiana descobriu uma carga de 300 quilos de cocaína em um veleiro procedente do Brasil.
De acordo com o comunicado, caso o colombiano extraditado seja considerado responsável pelo delito de associação ao tráfico internacional de drogas no Brasil, poderá ser condenado a uma pena de até dez anos de prisão. EFE
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