Chile estuda receber refugiados sírios, afirma chanceler
O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, informou que o país estuda receber um grupo de refugiados sírios, segundo publicou a imprensa local neste domingo.
“É uma situação que está sendo avaliada. O governo se preocupa profundamente com esta situação humanitária”, disse o chanceler em declarações publicadas neste domingo pelo jornal “La Tercera”.
Segundo o jornal, a Chancelaria já comunicada por dirigentes da comunidade síria no Chile para ativar um plano de recepção de refugiados da Síria.
Entre os dirigentes está Sergio Bitar, ex-ministro descendente de sírios e atualmente membro do Conselho Assessor da Reforma à Educação Superior, que reconhece que se reuniu com o chanceler Muñoz e seu subsecretário, Edgardo Riveros, para acordar o tema.
“Um número mínimo (de refugiados) que propusemos ao governo oscila entre 50 e 100 famílias”, assinalou Bitar.
O ex-ministro lembrou um discurso da presidente chilena, Michelle Bachelet, de setembro do ano passado, que abriu o debate geral do 69º período de Sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas, no qual se mostrou aberta para a chegada de refugiados sírios ao país.
Até agora, apenas Brasil, Argentina e Uruguai desenvolveram programas para receber refugiados sírios na região. É estimado que 1,7 mil pessoas já chegaram ao Brasil com essa condição e que outras quatro mil tenham conseguido permissões por outros meios.
Em junho, o número de deslocados pelo conflito na Síria chegava a quatro milhões de pessoas. Quase dois milhões dos refugiados estão na Turquia.
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