China ajudará Nigéria no resgate das mais de 200 meninas sequestradas
Lagos, 7 mai (EFE).- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, aceitou nesta quarta-feira o pedido de ajuda do presidente da Nigpéria, Goodluck Jonathan, e prometeu que seu país apoiará às autoridades nigerianas na busca das mais de 200 meninas sequestradas pela milícia radical islâmica Boko Haram.
Durante uma reunião entre ambos os líderes, realizada hoje em Abuja, Li assegurou que colocará à disposição das autoridades nigerianas todas as informações úteis que a China tiver através de seus satélites e dos serviços de inteligência para localizar as jovens sequestradas.
O primeiro-ministro chinês, que se encontra em viagem oficial pela África, visitou Abuja para participar do Fórum Econômico Mundial da África, que reúne economistas, políticos e filantropos de todo o mundo.
Desta forma, a China se une aos Estados Unidos e ao Reino Unido, paises que já ofereceram ajuda à Nigéria para tentar encontrar as estudantes, ofertas que Jonathan não hesitou em aceitar.
Na última segunda-feira, através de um vídeo, o Boko Haram reivindicou o sequestro de mais de 200 meninas de uma escola de Chibok, no nordeste do país, no último dia 14 de abril.
No vídeo, o líder dos fundamentalistas, Abubakar Shekau, ameaçou vender as meninas como escravas e adiantou que, “em breve”, haverá mais ataques.
Ontem também foi confirmada a informação de que, no domingo passado, supostos membros da seita sequestraram outras 11 meninas, de entre 12 e 15 anos, da cidade de Warabe, também no nordeste do país.
Boko Haram, que significa “a educação não islâmica é pecado” em línguas locais, luta para impor a “sharia” ou lei islâmica na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
Desde 2009, quando a polícia acabou com o líder do grupo armado, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha de violência, causando mais de 3 mil mortos e deixando milhares de deslocados.
Com cerca de 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplos tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais. EFE
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