China anuncia novas construções em ilhas disputadas com países vizinhos

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2015 11h48
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Pequim, 21 jul (EFE).- O governo chinês anunciou nesta terça-feira novas construções nas ilhas Spratly, em um momento de tensão depois que obras anteriores realizadas por Pequim no arquipélago provocaram o alerta de outros países vizinhos com os quais a China disputa a soberania desses territórios.

Segundo os planos da Administração Estatal Oceânica divulgados hoje, a China construirá um centro de pesquisa marítimo nas ilhas Spratly (Nansha, como são chamadas na China), instalações de telecomunicações e navegação, uma base logística e de passagem para embarcações e uma base de apoio para trabalhos de resgate e de cumprimento da lei.

Além disso, serão impulsionadas “plataformas para promover a cooperação com os países que cercam o Mar da China Meridional em pesquisa marítima, desenvolvimento da energia eólica e outras formas de renováveis”.

O objetivo da China é monitorar o estado do mar nessa região e criar uma rede de alarme que forneça “de forma precisa” informação a países dos arredores e embarcações que naveguem por este mar, diz o órgão. Os planos também incluem um centro de emergência para situações como vazamentos de petróleo.

“A pesca excessiva e a poluição danificaram os recursos marítimos, ameaçando seriamente a ecologia da área”, indica o organismo em comunicado divulgado pela agência oficial “Xinhua”.

“Como um país responsável, China tem a obrigação de construir instalações de serviço público nas ilhas Nansha para fornecer serviços de alta qualidade ao povo e impulsionar a cooperação internacional em estudos do oceano e proteção marítima”, explica o governo.

O anúncio dos planos do governo chinês chega em plena tensão com outros países da região como as Filipinas e o Japão, depois que foram divulgadas imagens via satélite de como Pequim realizou trabalhos de construção em algumas ilhas (incluindo pistas de aviação) até criar autênticas ilhas artificiais.

Preocupado com as atividades chinesas, o Japão já pediu a Pequim que interrompa a construção de uma nova plataforma artificial que poderia ser utilizada para fins militares. EFE

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