China defende integridade da Ucrânia, mas critica interferência externa
Nações Unidas, 15 mar (EFE).- A China justificou sua abstenção na resolução americana sobre a Ucrânia por sua defesa da integridade territorial dos estados, votada neste sábado no Conselho de Segurança da ONU, mas criticou a “interferência externa” nos protestos que derrubaram o governo ucraniano anterior.
A abstenção chinesa deixou a Rússia sozinha em sua rejeição ao texto apresentado por Washington e respaldado por todos os membros da União Europeia e pelo menos outros dez países.
O embaixador chinês, Liu Jieyi, explicou que seu país busca “manter a paz e a estabilidade na região” e reconheceu que a crise tem “complexas razões históricas” que requerem “uma solução equilibrada”.
No entanto, ressaltou que a China “sempre respeitou a soberania e integridade de todos os estados”.
Mesmo assim, Liu não deixou de apontar o que denominou como “interferência externa”, que exerceu “um papel importante” nos choques e no uso de violência na Ucrânia.
Também assegurou que não foi cumprido o acordo de 21 de fevereiro para a implantação de uma reforma constitucional e a criação de um governo de coalizão na Ucrânia, o que “acelerou a crise” nesse país.
O representante chinês, que se esforçou para manter-se equidistante, considerou que a aprovação da resolução “só teria resultado em confronto e em complicar mais a situação”.
A China continuará promovendo “uma solução política” através do diálogo, acrescentou, para o que propôs um plano de três pontos, o primeiro dos quais seria a criação o mais rápido possível de um mecanismo internacional de coordenação, com a participação de todas as partes, para explorar possíveis soluções políticas.
O segundo ponto seria que todas as partes se abstenham de ações que aumentem a tensão e o terceiro que as instituições econômicas internacionais analisem como ajudar à Ucrânia. EFE
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