China defende luta contra o separatismo nos 50 anos da Região do Tibete

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2015 06h20
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Pequim, 8 set (EFE).- O governo da China defendeu nesta terça-feira, dia em que se comemora o 50º aniversário da fundação da Região Autônoma do Tibete, a luta contra o separatismo e pediu que o exército e a polícia “estejam preparados” para enfrentar uma “longa batalha” contra os aliados do Dalai Lama.

“A luta contra as forças separatistas será feita de acordo com a lei para garantir a unidade e a estabilidade do Tibete”, disse hoje Yu Zhengsheng, presidente do Poder Consultivo chinês, durante seu discurso no Palácio de Potala, em Lhasa, a capital da região, onde acontecem os desfiles comemorativos do 50º aniversário, segundo a agência oficial “Xinhua”.

O “número 4” na hierarquia do Partido Comunista da China como presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh, equivalente ao Senado) recomendou que o exército e a polícia mantenham “a direção política correta” e que exerçam um “papel maior” para garantir a estabilidade.

Além disso, Yu disse que “os assuntos religiosos devem ser tratados conforme a lei, e os problemas devem ser administrados através da via judicial”.

Em seu pronunciamento, o dirigente comunista também destacou que o Tibete está “em uma fase política para conseguir a estabilidade e a paz no longo prazo”, e citou vários dados sobre o crescimento econômico da região nos últimos 50 anos.

A China comemora hoje a fundação da Região Autônoma do Tibete, que considera parte irrenunciável de seu território, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi independente na prática durante décadas, até sua ocupação pelas tropas comunistas em 1951.

Assim como Xinjiang, uma região de maioria muçulmana no noroeste do país, o Tibete é um dos lugares mais conflituosos da China. As autoridades comunistas culpam os independentistas tibetanos liderados pelo Dalai Lama pela tensão, enquanto os tibetanos a atribuem à repressão por parte de Pequim.

Segundo a Campanha Internacional pelo Tibete, pelo menos 143 pessoas morreram por autoimolação na região autônoma e em áreas tibetanas da China desde 2009, em protestos contra a repressão de Pequim. O último caso ocorreu há poucos dias, quando uma mulher ateou fogo em si mesma para denunciar as políticas do governo chinês para realocar nômades e demolir casas.

Um comunicado da Comissão Central do Partido Comunista da China divulgado hoje pela “Xinhua” ressalta que “os tibetanos poderão ser seus próprios líderes e desfrutar de um desenvolvimento econômico sustentável apenas através de sua adesão à liderança do Partido Comunista”. EFE

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