China deporta 20 turistas por ver vídeo “de instigação ao terrorismo”
Pequim, 19 jul (EFE).- O governo chinês deportou 20 turistas do Reino Unido, Índia e África do Sul que tinham sido detidos na Mongólia Interior por supostamente ver “um vídeo de instigação ao terrorismo e ao extremismo religioso”, segundo confirmaram as autoridades.
A imprensa oficial publicou neste domingo que o grupo de turistas foi liberado sem acusações após uma semana em um centro de detenção e devolvidos a seus países de origem.
De acordo com a Polícia, os estrangeiros, que estavam em uma viagem de 47 dias organizada por uma operadora chinesa, viram um documentário em seus quartos de hotel e depois que algum deles foram embora, o resto “começou a ver vídeos de instigação ao terrorismo”.
As autoridades asseguram que a Polícia encontrou vídeos similares em um celular de um dos turistas, Hoosain Ismail Jacobs, de nacionalidade sul-africana.
No entanto, em comunicado publicado pela família de Jacobs, se dá outra versão do ocorrido ao assinalar que as detenções aconteceram “por um infeliz mal-entendido”.
Segundo o comunicado, o grupo visualizou um documentário de Genghis Khan “para ampliar seu entendimento da região na qual estavam – Mongólia Interior -, e isso pôde ser entendido de maneira errônea como material de propaganda”.
No comunicado se lembra que nenhum membro do grupo tinha antecedentes criminais.
As detenções aconteceram no aeroporto de Ordos, cidade da Mongólia Interior, no dia 10 de julho, antes de o grupo embarcar em um avião a caminho de seu seguinte destino da viagem, Xian.
O grupo, formado por nove britânicos, dez sul-africanos e um indiano começou sua viagem em Hong Kong e tinha previsto acabá-lo na metrópole de Xangai. EFE
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