China e EUA pactuam medidas para lutar juntos contra mudança climática

  • Por Agencia EFE
  • 10/07/2014 09h35

Pequim, 10 jul (EFE).- China e Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira em Pequim a assinatura de oito acordos em projetos conjuntos com o objetivo de reduzir as emissões de gases poluentes que provocam o efeito estufa.

Dos oito projetos, quatro se baseiam na troca de conhecimentos em referência à exploração, a utilização e o armazenamento de carbono, e os quatro restantes em matéria de redes de provisão inteligentes, segundo anunciou o secretário de Estado americano, John Kerry.

Em entrevista coletiva conjunta por ocasião do encerramento da sexta rodada do Diálogo Econômico e Estratégico entre ambas as potências, onde a luta contra a mudança climática foi um dos temas em destaque, Kerry assinalou que ambos os países também se comprometeram a adotar padrões de eficiência mais severos para o combustível dos veículos.

“Com estas ações conjuntas esperamos enviar uma mensagem clara: os dois maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo, comprometidos a promover um crescimento econômico com baixas emissões de carbono”, assinalou o secretário de Estado americano.

A luta conjunta e o consenso entre estes dois países será determinante na assinatura e no sucesso no ano que vem de um pacto climático global que substitua o Protocolo de Kioto, um acordo que os EUA não ratificaram em parte porque não exige dos países em vias de desenvolvimento que reduzam suas emissões de carbono.

“Sendo os dois maiores consumidores de energia do mundo, China e Estados Unidos em conjunto têm um papel determinante na redução das emissões e no desenvolvimento de um futuro com energias limpas”, acrescentou Kerry.

Um dos pontos de atrito entre ambas as potências para chegar a um acordo é que a China pede aos países desenvolvidos que estabeleçam mecanismos de financiamento para ajudar as nações mais pobres para reduzir as emissões, algo ao que os Estados Unidos se mostram reticentes.

“Não se trata de que um país obrigue o outro, mas é a própria ciência que é exigente com todos nós, e neste sentido trabalhamos durante estes dois dias”, disse Kerry. EFE

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