China envia navios para local onde Austrália encontrou possíveis destroços

  • Por Agencia EFE
  • 21/03/2014 04h03

Pequim, 21 mar (EFE).- Navios da Marinha da China se dirigem nesta sexta-feira para o local no sul do Oceano Índico onde satélites australianos encontraram dois possíveis destroços do avião da Malaysia Airlines, que desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo, entre elas 153 chineses.

A pequena frota chinesa, formada pelo contratorpedeiro Haikou, o navio de transporte anfíbio Kunlunshan e o navio de abastecimento Qiandaohu, cruzou o estreito de Sunda, que separa as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, e navega rumo ao sudoeste.

Outro grupo de navios militares chineses continuam as buscas mais ao norte, nas águas ao oeste do Mar de Andamão, na zona do golfo de Bengala, informou a agência “Xinhua” que cita fontes da Marinha do país asiático.

Além disso, um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China reiterou ontem à noite que todas as investigações indicam que o voo MH370 não entrou em seu território no dia de seu desaparecimento.

As buscas pelo avião, que já duram quase duas semanas e que desde o último sábado também inclui grandes extensões de terra nas regiões central e sul do continente asiático, representam uma das missões multinacionais mais amplas na região da Ásia-Pacífico nas últimas décadas, com mais de 20 países envolvidos.

A China também anunciou o envio adicional de três aviões de sua Força Aérea, que hoje decolaram do aeroporto meridional de Sanya (na ilha chinesa de Hainan) com destino à Malásia.

Além disso, o país asiático considera o envio para o sul do Oceano Índico, para ajudar nas buscas por destroços, de seu navio quebra-gelo Xuelong (dragão de neve), atualmente ancorado no porto australiano de Perth.

O navio participou no começo do ano da operação internacional de resgate da embarcação russa Akademik Shokalskiy, e seus chefes de expedição asseguraram ontem à “Xinhua” que vão partir rumo aos possíveis destroços encontrados pelos satélites da Austrália assim que receberem ordens, mas que levariam cerca de quatro dias para chegar ao local.

Depois que a Austrália anunciou na quinta-feira a descoberta de possíveis destroços através de seu primeiro-ministro Tony Abbott, o presidente da China, Xi Jinping, manteve uma conversa telefônica com o chefe do governo australiano para se informar sobre o avanço dos trabalhos de busca.

Xi garantiu que está “devastado” pelo misterioso desaparecimento do avião, declarou mais tarde Abbott à imprensa de seu país. EFE

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