China executa policial que matou mulher grávida
Pequim, 22 jul (EFE).- As autoridades chinesas executaram nesta terça-feira o ex-policial Hu Ping por disparar e matar embriagado e fora de serviço uma mulher grávida na região autônoma de Guangxi, no Sul, confirmaram as autoridades.
Hu, de 33 anos e antigo empregado do Birô de Segurança Pública do condado de Pingnan em Guangxi, foi sentenciado à pena capital por homicídio proposital em fevereiro deste ano, lembra hoje a agência oficial “Xinhua”, que anunciou a execução.
O fato aconteceu em outubro de 2013, quando o policial teve uma discussão em um restaurante tradicional chinês e começou a atirar na mulher, grávida de 5 meses, e em seu marido, o dono do restaurante, aparentemente, depois que a vítima disse que não vendiam chá com leite no estabelecimento.
O marido, Cai Shiyong, sofreu ferimentos leves no ombro, enquanto a mulher, Wu Ying, e o bebê morreram depois que ela recebesse dois disparos.
A corte considerou então que seu crime teve uma “abominável repercussão na sociedade” e que os fatos “estavam claros”, por isso recebeu uma pena “apropriada”, que nenhuma das apelações do polícia pôde alterar.
Segundo a legislação divulgada pelo Ministério da Segurança Pública da China, os oficiais de polícia são proibidos de portar armas embriagados ou fora de serviço.
Em sua defesa, o policial alegou perante a corte que levava uma pistola ainda estando fora de serviço devido às “regras frouxas de sua delegacia” e confirmou que estava “bêbado” no momento do crime, apesar de um relatório de um hospital apresentado pela defesa lateral indicou que estava sóbrio quando atirou.
O caso gerou tanta polêmica na China que inclusive o presidente Xi Jinping se pronunciou sobre o mesmo este ano durante um discurso frente a juízes e outros funcionários do sistema judiciário, no qual tachou ao suspeito de “bastardo”, segundo revelou o jornal “South China Morning Post”. EFE
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