China garante que vai acelerar desenvolvimento da economia mista

  • Por Agencia EFE
  • 05/03/2014 04h03

Pequim, 5 mar (EFE).- O governo da China garantiu nesta quarta-feira que “acelerará” o desenvolvimento de uma economia de propriedade mista e permitirá um volume cada vez maior de capital privado nas empresas estatais de setores-chave como o energético, o ferroviário e o de telecomunicações.

“Formularemos medidas para a entrada de capital não público aos projetos de investimento das empresas governamentais”, disse hoje o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao ler o relatório de objetivos estatais na abertura da sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP), a reunião política mais importante do ano.

Sem oferecer mais detalhes sobre as medidas, o documento lido pelo primeiro-ministro acrescenta que será permitida a entrada de capital privado nos setores mencionados e também no bancário, no elétrico e no de serviços.

O governo mencionou hoje especificamente a reforma do setor ferroviário, cujo Ministério de Ferrovias foi desmantelado no ano passado durante a ANP, após uma série de escândalos de corrupção, e também novas medidas destinadas ao setor financeiro.

Além disso, anunciou reformas voltadas para as grandes empresas estatais (SOE, sigla em inglês), que experimentaram nos últimos anos uma queda preocupante de seus lucros e que, segundo alguns especialistas, representam um grande empecilho para a economia chinesa.

“Melhoraremos o sistema de capital público e privado, e definiremos as funções das diferentes SOE, além de iniciar pesquisas sobre o investimento de capital público em operações de capital”, enfatizou Li.

O aumento de capital privado na economia chinesa já foi decidido em novembro do ano passado durante a sessão anual do Partido Comunista Chinês (PCCh), após a qual foi anunciado um amplo pacote de reformas, tanto econômicas como sociais.

Em meados de fevereiro, a companhia petrolífera chinesa Sinopec anunciou que atrairia capital privado para comercializar e vender seus produtos no mercado de forma conjunta, no que representou a primeira abertura do outrora monopolizado setor. EFE

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