China pede calma a EUA e Coreia do Norte após divulgação de “A Entrevista”
Pequim, 26 dez (EFE).- O governo da China pediu nesta sexta-feira calma aos Estados Unidos e à Coreia do Norte após as primeiras exibições, em salas independentes dos Estados Unidos e através da internet, do polêmico filme “A Entrevista”.
“Este filme é controvertido. Esperamos que todas as partes envolvidas se controlem, mantenham a calma e tratem este importante assunto de forma adequada”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
“A entrevista” está em cartaz desde quinta-feira em 300 cinemas independentes dos Estados Unidos e está disponível em plataformas digitais como Google Play, YouTube Movies e Xbox Vídeo, apesar da estreia ter sido cancelada após o ciberataque sofrido pela produtora do filme, Sony Pictures.
“Já vimos que este filme causou vários problemas. A China espera que todas as partes envolvidas procedam de forma objetiva neste assunto, o revisem com seriedade e se comuniquem para resolvê-lo o mais rápido possível”, acrescentou a porta-voz.
Um grupo chamado “Guardians of Peace” (“Guardiães da Paz”), responsável pelo ciberataque de 24 de novembro, advertiu que semearia o terror nos cinemas que exibissem o longa, que satiriza o ditador norte-coreano Kim Jong-un, e comparou seu plano com os atentados do 11 de setembro de 2001 nos EUA.
A China é um dos países onde “A entrevista” está sendo visto e baixado, já que uma versão em inglês com legendas em mandarim está disponível para download em alguns sites.
Hua indicou que o governo chinês “tomará medidas” contra essa divulgação ilegal.
“O governo da China tem uma política firme e tomará medidas contra a pirataria”, afirmou a porta-voz de Relações Exteriores.
Hua também se referiu hoje ao pacto fechado por Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos para compartilhar dados de inteligência sobre o programa nuclear e de mísseis do regime da Coreia do Norte, que deve ser assinado na próxima segunda-feira.
“Esperamos que todas as partes possam contribuir para construir uma confiança mútua, assim como para impulsionar a paz e a estabilidade na península e não o contrário”, apontou a porta-voz, que acrescentou que “a situação na península de Coreia é estável, mas ao mesmo tempo frágil”. EFE
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